Os abortos clandestinos custaram R$ 33,7 milhões ao Sistema Único de Saúde. O dado foi revelado pelo estudo “Morte e Negação: Abortamento Inseguro e Pobreza”, realizado pela Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF, sigla em inglês), entidade que atua em 150 países. Segunda pesquisa, no ano passado foram registradas 230.523 internações no SUS decorrentes das complicações causadas pelos abortos inseguros, enquanto os abortos permitidos por lei (casos de risco de morte para a mãe e de gravidez resultante de estupro) tiveram 2.068 internações, custando ao sistema R$ 302,8 mil.
O relatório também aponta que no Brasil, o aborto é responsável por 9,5% das mortes maternas relacionadas à gravidez.
Os pesquisadores do IPPF apontaram que a solução para o problema passa por falta de acesso à informação e a serviços seguros. Segundo a federação, em países onde o aborto é permitido o custo no sistema público de saúde é bem mais baixo.