Em 1965, Gordon E. Moore, co-fundador da Intel Corporation descreveu uma tendência em seu artigo. A chamada Lei de Moore diz que, ao longo da história da computação de hardware, o número de transistores em um circuito desintegrado chega a dobrar a cada dois anos. Sua predição se mostrou correta e sua lei é agora utilizada na indústria de semicondutores para guiar planejamento e para definir objetivos para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). A inovação em saúde, muitos anos depois, se apropriou do contrário de sua lei para descrever um fenômeno que tem acontecido com a indústria farmacêutica.
A lei de Eroom (contrário de Moore), como foi apelidada, se refere a processos que estão começando a ficar mais lentos e com maior dificuldade ao longo do tempo. Aqui, entra a atividade de colocar medicamentos no mercado. Para cada dólar gasto com P&D, o número de drogas novas aprovadas pelo FDA e sendo colocadas no mercado tem diminuído drasticamente a cada 9 anos. A taxa de diminuição é bastante similar entre períodos diferentes com 10 anos de duração cada um.
Para a Rock Health, software é a plataforma essencial para apoiar todas as áreas terapêuticas de inovação em saúde, acelerando processos de identificação de público-alvo, design de moléculas, screening e desenvolvimento clínico. Eles estão procurando por inovação em saúde nas áreas de dados pré-clínicos, sistemas de modelo corporal e na aceleração de processos para descoberta de novas drogas.
Ao longo dos anos, alguns fatores externos também contribuíram para a diminuição da velocidade, como, por exemplo, o caso envolvendo a talidomida, medicamento usado para diminuição de enjoos em mulheres grávidas com efeitos adversos em 10 mil crianças, que nasceram com deformidades nos membros e apenas 50% delas sobreviveram.
Após o ocorrido, o FDA aumentou seu rigor na aprovação de novos medicamentos, diminuindo a velocidade da aprovação das drogas e sendo mais criteriosos com seus componentes e estudos. Na época, a atuação do FDA seguiu o que preconiza a sua missão: proteger e promover a saúde dos cidadãos americanos, usando ciência para as decisões regulatórias feitas.
Entre o fim da década de 80 e 90, as empresas passaram também por um processo de adaptação com a primeira onda de biotecnogia para terapia, mudando um pouco o foco de algumas empresas e requerendo, de certa forma, outra adaptação nos órgãos regulatórios.
Esta diminuição na regulação pouco se deve, de fato, aos eventos regulatórios e, para isso, empresas procuram startups de saúde que possam aumentar a produtividade no setor de P&D. O gráfico da Nature