Há quatro anos no mercado, o Sistema de Atendimento à Saúde vem se colocando como opção os planos de saúde com um novo modelo de serviço prestado à população. Em entrevista ao portal, o sócio-diretor do Sinasa, José Humberto Affonseca Sobrinho, explica as principais diferenças entre estes dois serviços disponíveis na área da saúde.
Saúde Business Web: Qual é a principal proposta do Sistema de Atendimento à Saúde (Sinasa)?
José Humberto Affonseca Sobrinho: O Sinasa é um modelo de autogestão. Pelo nosso sistema, o paciente pode ter acesso direto a profissionais e serviços a partir de preços negociados, sem intermediários. Algumas pesquisas da ANS apontam que 85% da utilização global dos planos de saúde é com consultas e exames eletivos. É um número muito relevante e nós oferecemos para este público honorários médicos de R$ 42, em média, e um hemograma, por exemplo, custa R$ 6,50. Aqui o serviço utilizado é pago pelo associado diretamente ao prestador de serviço no ato do atendimento, seja médico, hospital, clínica ou laboratório.
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SBW: O que diferencia o sistema proposto pelo Sinasa de um plano de saúde convencional?
Affonseca: O grande diferencial do Sinasa é que os preços cobrados são calculados com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e significativamente inferiores aos preços particulares. Além disso, há muitas diferenças em relação a um plano de saúde: acesso aos melhores laboratórios; mais de 2 mil médicos em todas as especialidades; não há carência e o uso é imediato; não há limite de idade nem restrições a doenças pré-existentes, e sem limite de utilização. Por não ser um plano, o Sinasa é, na minha opinião, a opção efetiva para a democratização da saúde no País. Seu formato facilita o ingresso de milhões de pessoas a um serviço médico de qualidade.
SBW: Como funciona o agendamento de consultas e marcação de exames?
Affonseca: Nós disponibilizamos uma ampla rede de médicos especialistas, laboratórios, clínicas e hospitais, acessíveis para quem se associar ao sistema. E, mais que isso, o beneficiário pode ter acesso aos dados, currículo e agenda dos profissionais, podendo agendar sua consulta no horário mais adequado. Estas informações podem ser conhecidas pela Internet ou pela Central de Atendimento.
SBW: O que você considera como principal vantagem do Sinasa?
Affonseca: A grande vantagem é que todos os médicos cadastrados ao Sinasa têm o título de especialidade ou o comprovante de residência médica reconhecidos pelo MEC. A iniciativa garante tranquilidade aos associados, que têm certeza de que serão atendidos por especialistas. Além disso, os médicos credenciados ao Sinasa que estiverem participando do Programa Nacional de Acreditação da AMB (Associação Médica Brasileira) terão destaque especial no nosso portal.
SBW: Quem pode usufruir dos serviços?
Affonseca: Nossos serviços foram desenvolvidos para ser uma opção inteligente para quem está fora do sistema de planos de saúde e só tem acesso ao SUS. Por exemplo, pessoas que dependem do plano ambulatorial podem usufruir do nosso serviço, com um custo de R$ 198 por ano e ter acesso a todos os benefícios oferecidos. O Sinasa também abrange o plano coletivo, assim, a empresa só precisará pagar quando seu funcionário utilizar o serviço médico.
SBW: Quais os próximos passos do Sinasa?
Affonseca: Há quatro anos, nós iniciamos um teste prolongado para observar se os médicos aceitariam esta forma de trabalho. Afinal, não podemos esquecer que as pessoas podem acessar o currículo e agenda dos profissionais. Neste período, nós tivemos cerca de 40 mil pessoas que experimentaram o sistema sem registrar nenhuma queixa. Após este teste, o Sinasa está em plena ampliação da rede de atendimento e da base de clientes. Recentemente, firmamos parceria para utilização da rede de comercialização do grupo financeiro BMG. A proposta da parceria é ampliar, por um preço acessível, o acesso a consultas em todas as especialidades médicas, clínicas, laboratórios, exames complementares e serviços hospitalares. Sem contar que o Sinasa está se instalando na Bahia e Rio de Janeiro.