A crise financeira não abalou o setor de saúde. Pelo menos não os negócios da Baxter Hospitalar. Tendo alcançado em 2008 um crescimento de 32% nos resultados no mercado brasileiro, chegando ao resultado de US$ 234 milhões, a empresa projeta um incremento no mesmo patamar para este ano. “A demanda por nossos produtos manteve-se a mesma. O impacto maior da crise foi nos custos, por causa da desvalorização do real, o que já voltou à normalidade”, analisa o diretor geral da Baxter Hospitalar para América Latina, Pablo Toledo.
Com os bons resultados alcançados ao longo dos anos, o executivo diz ver o mercado de saúde do Brasil com muito otimismo. “Há ainda muita coisa a ser feita nesse setor, o que representa uma oportunidade para as empresas do segmento. E o importante é que tem havido avanços em política de saúde e na regulação dos produtos de mercado”, avalia.
Entre as medidas políticas que refletiram positivamente nos negócios da companhia, além da RDC 45 da Anvisa, que estabeleceu a obrigatoriedade do uso de sistemas fechados para infusão em hospitais e clínicas, o Ministério da Saúde anunciou a compra de componentes de fatoração para atender os hemofílicos. “O ano passado houve uma retração da oferta desses componentes pelo sistema público de saúde. Esse ano, o governo irá comprar mais que o dobro de volume desses componentes, o que é uma oportunidade para nós”, pontua.
Como estratégia de crescimento, a empresa investe na ampliação do portfólio para atender aos hospitais foco. “Temos os hospitais que são nosso target, não queremos expandir em presença de mercado, mas sim, em oferecer soluções completas para esses clientes”, destaca. Entre os lançamentos desse ano, Toledo destaca um sistema de códigos de barra para o rastreamento dos produtos para os hospitais, uma solução de diálise peritoneal sem glicose e uma solução de imunoglobina 10%, que reduz o tempo necessário para infusão.