A desospitalização, indicada para um grupo específico de pacientes, que vão ao serviço de saúde para realizar procedimentos de baixa complexidade ou para receber medicamentos intravenosos, começa a fazer parte da discussão entre profissionais de saúde e economia. “São inúmeros os benefícios. Em primeiro lugar, para o paciente significa redução do risco de infecção hospitalar”, destaca Dra. Eliana Bicudo, infectologista e diretora da Clidip – Clínica de Doenças Infecciosas e Parasitárias, de Brasília.
Com tudo isso ocorre a diminuição da média de permanência dos doentes no ambiente hospitalar e conseqüentemente o aumento do número de leitos oferecidos à população. É evidente a redução de custos nas despesas dos hospitais, sem prejuízo para os pacientes, além de permitir que os recursos sejam destinados à aquisição de equipamentos e medicamentos.
O Relatório de Indicadores e Dados Básicos 2007 do Ministério da Saúde apontam que, apenas no Distrito Federal, 55.817 internações realizadas em 2006 poderiam ter sido direcionadas ao sistema de Hospital-Dia, provocando assim uma economia de R$ 50 milhões. Reabilitações, cuidados prolongados, atendimentos psiquiátricos e pacientes sob cuidados de clínicos gerais são casos de desospitalização.
O impacto psicossocial do tratamento fora do ambiente hospitalar é relevante para o paciente. Para funcionar como Hospital-Dia, todo serviço deve seguir rigorosos parâmetros, periodicamente vistoriados pela Vigilância Sanitária.