De acordo com a Academia Brasileira de Rinologia, o desvio do septo atrapalha a vida de 20% dos brasileiros, com sintomas bem conhecidos, tais como: nariz entupido, dores de cabeça, ronco, sinusite de repetição, rinite crônica, perda ou diminuição do olfato e apneia do sono. Essas alterações podem ainda desencadear problemas relacionados a ansiedade, depressão, mal desempenho no trabalho e até mesmo impactar a vida sexual. O diagnóstico deve ser conduzido por um especialista. “Realizamos exame físico e vídeo-endoscopia nasal para avaliar todas as estruturas internas. O teste causa pouco desconforto, tanto que pode ser realizado até mesmo em crianças” conta o otorrinolaringologista Carlos Adriano, que atua no Hospital Dr. Juscelino Kubitschek, em Brasília. O septo é uma parede que divide o nariz em duas faces, a esquerdo e a direito. “Quando essa parede está desalinhada, caracteriza-se o desvio, que pode ser de origem genética ou traumática”, descreve o médico. O tratamento pode ser feito de forma clínica ou cirúrgica. A intervenção é relativamente simples, sendo realizada por vídeo-endoscopia, com anestesia local ou geral. A duração é breve, em média uma hora. Um dos temores é o uso dos tampões no pós-operatório, mas com o avanço das técnicas cirúrgicas eles raramente são utilizados. “Vale sempre lembrar que respirar bem significa viver bem. Realizada dentro de parâmetros de segurança, a cirurgia traz benefícios que alcançam a saúde como um todo”, destaca Dr. Carlos Adriano.