As importações do setor de saúde somaram US$ 11,3 bilhões no ano passado, valor que representa 8,8% do total das compras internacionais, que alcançaram US$ 127,6 bilhões. Já a participação das exportações da indústria farmacêutica em todo o volume vendido pelo Brasil ao exterior se mantém estagnado em torno de 1,5% há dez anos. De 2000 a 2009, o déficit comercial dessas transações subiu 155%.
De acordo com o Valor Econômico, no primeiro semestre deste ano, as importações de remédios e equipamentos médicos totalizaram US$ 7,2 bilhões, um crescimento de 45% em comparação com o mesmo período de 2009, percentual semelhante a alta de toda a importação brasileira (44%). O total de US$ 1,2 bilhão em exportações registrado de janeiro a junho representa 11% de aumento sobre igual intervalo do ano passado, resultando em um déficit comercial 55% maior, de US$ 6 bilhões.
Para a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, a situação deixa o Brasil vulnerável nas negociações com as indústrias farmacêuticas estrangeiras, de quem o governo federal compra 30% dos remédios do mercado nacional, que são destinados a abastecer o Sistema Único de Saúde (SUS).
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