A Eli Lilly espera uma guinada de um prejuízo antecipado em 2008 para um lucro em 2009, mas vê o crescimento nas vendas desacelerar devido às taxas cambiais menos favoráveis e à concorrência dos genéricos em relação a um de seus medicamentos contra o câncer.
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A fabricante de remédios com sede em Indianápolis informou ontem que sua recente aquisição no valor de US$ 6,5 bilhões da ImClone Systems resultará em uma grande despesa para o quarto trimestre , causando o prejuízo líquido para todo o ano. A companhia também espera que as despesas com a transação reduzam os ganhos de 2009.
Entretanto excluindo esses impactos financeiros da ImClone nos dois anos, e outros itens, a Lilly prevê um crescimento nos ganhos para o próximo ano de 8% a 15% frente aos resultados deste ano.
Lilly reviu seu prognóstico para 2008 e anunciou suas projeções para 2009 à medida que seus executivos se reuniam com analistas e investidores em Nova York. Além disso, a companhia enfatizou o que considera projetos mais fortes de desenvolvimento de remédios em parte como resultado da compra da ImClone, que expandiu a presença da Lilly no nicho de drogas contra o câncer.
A Lilly superou o preço de oferta da Bristol-Myers Squibb pela ImClone, que desenvolvia o medicamento anticancerígeno Erbitux, e a empresa considera o acordo crucial para superar um período de desafios diante da nova concorrência dos genéricos em relação a importantes medicamentos como o antipsicótico Zyprexa, a começar por volta de 2011.
Ontem, as ações da Lilly chegaram a avançar US$ 1,13 ou 3,2%, para US$ 36,14.
Para 2008 a Lilly espera registrar um prejuízo liquido de US$ 1,56 a US$ 2,06 por ação, revisando sua estimativa anterior de ganhos de US$ 2,44 a US$ 2,49 por ação.
Espera-se que os resultados de 2008 reflitam o crescimento nas vendas em cerca de 9% a 10% sobre bases percentuais. Mas parece que as vendas de 2009 irão regredir para os níves mais baixos de um só dígito porque o dólar dos Estados Unidos voltou a se fortalecer frente a outras moedas. as previsões da empresa levam em conta um forte crescimento das vendas do antidepressivo Cymbalta.
A média da estimativa dos analistas pesquisados antecipava um crescimento nas vendas para 2009 de 7%, para US$ 22 bilhões.