Depois de anunciar a compra das empresas DI Serviços Médicos e da DI Médicos Associados por R$ 11,5 milhões, a rede de laboratórios Fleury informa que tem em caixa mais R$ 500 milhões que podem ser utilizados em novas aquisições ainda em 2010. Dois terços deste montante devem ser reservados para ser investido em crescimento orgânico.
A rede tem por tradição nos últimos oito anos fazer aquisição anualmente. “Eu não ficaria surpreso se comprarmos pelo menos mais uma empresa esse ano. Algumas das regiões que gostaríamos de estar é em Belo Horizonte (MG) e Brasília, onde pretendemos expandir nossa atuação”, afirma o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores do Fleury, Fabio Marchiori, ao comentar que o grupo está próximo do laboratório Hermes Pardini para acompanhar a decisão da rede mineira em relação ao seu futuro.
Em entrevista ao portal Saúde Business Web, Marchiori ressalta que o primeiro passo da rede ao comprar uma empresa é integrar a marca do grupo com a aquisição; depois o foco é voltado ao credenciamento junto às operadoras; e por último procurar organizações onde seja possível incorporar o conhecimento das partes.
A escolha das empresas a serem compradas não acontece por acaso. O Fleury analisa a questão geográfica e as estratégias da companhia que esta à venda. “Tem que ter coerência estratégica e, principalmente, credibilidade profissional. Surgindo algo certo, no preço correto, fazemos a transação de maneira rápida”, conta.
O caso da aquisição da DI Serviços Médicos e da DI Médicos Associados mostra isso claramente. “Queremos adquirir empresas com valores alinhados ao do grupo”, destaca o executivo ao dizer que a rede Fleury está interessada na área de Imagem não apenas em São Paulo, mas em todo País, em especial nas regiões que o grupo já atua fortemente em análises clínicas.
Depois de ter chegado à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em dezembro do ano passado, o Fleury tem recebido uma grande demanda de ofertas de aquisições. A grande estratégia da rede na aquisição destas duas companhias nesta terça-feira (13) é a incorporação de 60 médicos “altamente” qualificados numa área onde há demanda por mão de obra especializada. “Esses 60 médicos por terem essa postura de referência onde atuam, com contato forte em hospitais, com certeza completariam nossa estratégia de crescer em diagnóstico in vivo, ou seja, onde o paciente esta presente durante o teste”, ressalta o executivo.
O foco claro em Imagens é para tentar alterar metade da receita vinda de análises clínicas, representadas por dois terços, e de Imagem e outras especialidades, responsáveis por um terço. “A ideia é fortalecer esse mix.”
O contrato descreve um pagamento à vista de R$ 4 milhões e outros R$ 6 milhões devem ser pagos em 24 parcelas. De acordo com Marchiori, o documento prevê R$ 1,4 milhão de retenção a títulos de contingência. “Se não houver nada de errado em cinco anos vamos entregar esse dinheiro para eles”, conclui. Atualmente, o Fleury está presente em oito hospitais nacionais, sendo quatro em São Paulo.
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