A Agência Nacional de Saúde Suplementar publicou nessa semana a 4ª edição do Mapa Assistencial com informações fornecidas, principalmente, pelas operadoras de planos de saúde através do SIP (Sistema de Informações de Produtos).

Os dados se referem a atendimentos prestados pelos planos de saúde de assistência médica-hospitalar e odontológica no Brasil nos anos de 2014 e 2015. Entre esses aspectos estão o número de internações, consultas, terapias e exames e os custos assistenciais.

O objetivo do estudo é dar uma perspectiva de indicadores do Brasil comparando o setor de assistência de planos de saúde em outros países.

A taxa do número de consultas médicas, per capta no país, apresentou-se abaixo do número da média da OCDE, mas esteve entre países como Reino Unido e Dinamarca. Mas em relação ao número de ressonâncias magnéticas por beneficiários, o Brasil esteve a frente dos Estados Unidos, Turquia e França. Esse parâmetro pode indicar a realização de exames em excessos e desnecessários.

Outros números: A taxa de exames de tomografia computadorizada ficou a cima da média da OCDE  O número de cesarianas também foi alto, atingindo o triplo da média indicada, no setor de saúde suplementar isso pode ser negativo, pois cesarianas sem justificativa podem trazer problemas ao recém-nascido.

O número de internações pelos planos de saúde foram de 15,5 milhões com o custo total de R$ 99 bilhões nos últimos dois anos. Do total de internações, 1,4 milhão (9,4%) foram internações obstétricas, os partos totalizaram 1,1 milhão, dos quais 947,8 mil foram cirurgias cesarianas (85,1%).

Com aproximadamente 1 milhão de internações informadas entre 2014 e 2015, estão as doenças do aparelho respiratório (asma, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica, entre diversas outras). Também com cerca de 1 milhão de internações, estão as doenças do aparelho cardiovascular, como infartos e acidente vascular cerebral (AVC).

Já as consultas médicas foram totalizadas em 537,5 milhões de consultas médicas pelas operadoras de planos de saúde de assistência médica, com custo de R$ 36,7 bilhões. Entre essas consultas médicas realizadas, 423,6 milhões (78,8%) foram consultas ambulatoriais com profissionais de diversas áreas como cardiologia, pediatria, endocrinologista e oftalmologia, entre 25 especialidades.

As consultas em pronto-socorro, feitas ou com urgência ou emergência na rede credenciada dos planos de saúde, totalizaram em113,9 milhões de atendimentos informados pelas operadoras, esses atendimentos geraram custos de R$ 8,6 bilhões no período de 2014 e 2015.

Outro indicador foi das consultas de clínica médica que se destacaram, com um volume de 46,9 milhões de atendimento. Esse total corresponde a 11% das consultas médicas ambulatoriais e a 8,7% do total de todas as consultas realizadas pela rede credenciada dos planos de saúde. Em segundo lugar entre as consultas ambulatoriais informadas no SIP, estão as de ginecologia e obstetrícia (39,7 milhões) e pediatria (32,4 milhões).

Para mais dados, confira o Mapa Assistencial publicado.