Historicamente, tivemos o escândalo da Enron e da WorldCom que com o evento do 11 de setembro intensificou a necessidade de legislações mais rígidas. Dessa forma, nasceu a regulamentação Sarbanes Oxley, redigida com o objetivo de garantir transparência na gestão financeira das organizações, a partir de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis.

No Brasil, alguns reflexos: normas e selos de qualidade setoriais foram criados, como a Resolução 3380 do Banco Central para instituições financeiras; as circulares 285/297 da Susep para seguradoras; o PQO – Programa de Qualidade Operacional – da BM&F para corretoras e etc. Também pode ser percebido o aumento do nível de exigência para negociação de ações na BM&F Bovespa, inicialmente pelo Novo Mercado e posteriormente pelo ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial.

A cada nova regra lançada podemos observar um alinhamento entre sustentabilidade, resiliência e governança corporativa. Organizações comprometidas com a responsabilidade social e sustentabilidade empresarial tornaram-se alvos atraentes para investidores. Tudo isso é demonstração que este é um caminho rumo à maturidade para uma gestão mais profissional. Um caminho que garantirá um mercado mais sólido, mais justo e consciente.

Perceber esta movimentação do mundo corporativo em direção ao caminho sustentável é fundamental, pois a abrangência deste conceito é enorme, trazendo benefícios não só para o mercado e investidores, mas também para os clientes.

É possível pensar na convergência entre atitudes ecologicamente corretas, transparência, resiliência, responsabilidade social e continuidade de negócios. Todos estes conceitos de forma integrada.

Quando comparamos o conceito da GRC (Governança, Riscos e Conformidade) com o Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa, ISE e também normas que tratam sobre sistemas de gestão, encontramos vários pontos de integração:

 

  • O essencial comprometimento da alta direção;

 

  • A gestão dos riscos – tendo uma visão holística;

 

  • Preocupação com Fornecedores/dependências do negócio.

 

Então, avaliando a convergência das vertentes apontadas podemos notar a tendência clara à preocupação com a gestão do negócio de maneira bastante abrangente: meio- ambiente, transparência e resiliência.

Para tudo isto funcionar de forma integrada, a resiliência deve ser garantida. Isto é possível através de um sistema de gestão de continuidade de negócios implementado e vivo.

*Evelyn Papalardo é consultora da Sion People Center

As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação.

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