Está acontecendo, em São Paulo, a Campus Party Brasil, em uma área de 64 mil m², com 700 horas de conteúdo, 200 startups, 8 palcos, 3 espaços para workshop e alguns outros números. Entre todos estes palcos, acontecem palestras simultâneas e, dentre estas, muitas tinham conteúdos extremamente relevantes para a comunidade da saúde, especialmente para as startups da área.
Em visita ao Brasil, Miguel Nicolelis, cientista da Universidade de Duke, esteve presente no evento e comentou seus projetos, sua participação na Copa do Mundo e alguns assuntos sobre a presença da ciência brasileira.
Segundo ele, “o exoesqueleto é maior crowdsourcing da história da neurociência. Queríamos mostrar que é possível avançar nessa área rapidamente e criar uma nova terapia para 25 milhões de pessoas no mundo que sofrem paralisia”, comentando sobre o tempo utilizado para a realização do projeto, junto com mais 155 profissionais de 25 países diferentes.
Segundo ele, por mais que a transmissão tenha sido bem curta, “o importante é que os pacientes paralisados sabem que há esperança”, disse ele em entrevista a Deborah Oliveira, da ITMídia.
Outro case muito interessante da feira, foi do menino Shubam Banerjee, um CEO de 13 anos de idade que criou uma impressora em braile com peças de lego. Ele pretende ajudar as mais de 30 milhões de crianças cegas do mundo com o seu projeto.
Aos 13 anos de idade, Shubham Banerjee é CEO mais novo dos Estados Unidos, mas não é apenas isso que o faz diferente da maioria de seus amigos. O jovem indiano, fundador da Braigo, empresa que surgiu a partir da ideia de construir uma impressora em braile com peças de Lego há um ano e meio, não se acha mais inteligente do que seus colegas.
Ele contou com a ajuda de um amigo com deficiência visual, que tem 22 anos e faz um MBA, segundo apuração da repórter Karen Ferraz.
A ideia de Shubham foi investida pela Intel, onde o pai trabalha como engenheiro e, segundo o porta-voz da companhia, a Intel nunca tinha feito um investimento em uma startup com CEO tão jovem quanto Shubham. O montante investido não foi divulgado pelas partes envolvidas. Os executivos da Intel acreditam, ainda, que ele é o empreendedor mais jovem do mundo a receber venture capital.
Dentre as 200 startups presentes, algumas (poucas) são de saúde, como é o caso da Navegatium e da Pega Plantão. Já fizemos uma entrevista com a Navegatium, empresa com um aplicativo de navegação corpórea com ferramentas para visualizar, explorar e manipular arquivos DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) e possibilita diversas formas de importação de imagens, inclusive conexões com PACS (Picture Archiving and Communication System). A Pega Plantão visa melhorar a circulação dos médicos entre diferentes plantões e ser uma ferramenta poderosa no encontro de oportunidades para um plantão, criando valor tanto para o médico que procura um plantão, como para hospitais que procuram plantonistas.
Ontem ainda aconteceu um painel de saúde, criado pelo Sebrae, com participação de Fernando Cembranelli e Priscila Cruzatti, do Empreender Saúde e outros colunistas, como Istvan Camargo, do Cidadão Saúde.
O evento ocorrerá até o dia 07 de fevereiro, no São Paulo Expo e vale a pena ser conferido para consumo de conteúdo de empreendedorismo e desenvolvimento de empresas de tecnologia.