O estado de Salvador, mais especificamente no bairro Ondina, foi o local escolhido para a Oncoprod – responsável pela distribuição de medicamentos de alta complexidade – abrir mais uma sede. A nova unidade faz parte do plano de expansão da empresa, que já possuía escritórios em São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Recife.  Só em 2009, o faturamento da Oncoprod foi de R$ 750 milhões. O investimento anual é de cerca de R$ 3 milhões em segurança.

Segundo o diretor de Marketing e Negócios Estratégicos, Alessandro Montorso, o objetivo é continuar crescendo em 2010, assim como aconteceu nos últimos cinco anos, por intermédio da abertura de novas filiais em localidades estratégicas e também com a diversificação da atuação para outras áreas da medicina. “Pretendemos inaugurar até o final deste ano mais duas ou três filiais, em importantes capitais da Federação”, conta Montorso. 

A escolha de Salvador não foi por acaso. O Nordeste é considerado o segundo maior mercado na compra de medicamentos, ficando atrás somente da região Sudeste. Segundo dados da IMS Health, divulgados recentemente pela Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico (Abafarma), o Nordeste foi responsável, em 2009, por 17,3% de todos os medicamentos comercializados no Brasil, percentual que corresponde ao montante de quase R$ 5 bilhões.

A unidade Salvador permitirá a intensificação do relacionamento da Oncoprod com clientes na região, aumentará a disponibilidade de produtos e a velocidade na entrega dos medicamentos comercializados pela empresa. “Nossa presença física viabiliza a entrega de medicamentos aos nossos clientes em até uma hora, independentemente do local em que eles estejam”, afirma o diretor.


Segurança

No final do ano passado, o mercado de saúde assistiu a inúmeros casos de compras de medicamentos ilegais e inclusive de roubos de medicamentos em hospitais e laboratórios. Neste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baixou norma tornando obrigatório o monitoramento de todo medicamento produzido, dispensado e vendido no Brasil. As empresas do setor têm até 2012 para se adequarem às novas regras.

O fato é que, num mercado como o de saúde, a segurança é fator mais do que fundamental. Um instrumento importante no combate a problemas como roubo e falsificação de medicamentos, por exemplo, é a rastreabilidade. De acordo com Montorso, mais do que estar preparado para investir em rastreabilidade, o mercado exige que os medicamentos sejam cada vez mais seguros. “As instituições de saúde ganham qualidade na prestação de serviço quando asseguram aos seus pacientes que o medicamento que está sendo ministrado teve procedência e transporte adequados”, explica o executivo.

Há mais de dez anos, todo produto comercializado pela Oncoprod vem com um selo com código de barras, uma espécie de RG que contém o histórico de cada unidade do medicamento, desde fabricação, passando pelas condições de armazenamento, transporte, até a entrega ao consumidor. “O selo é nossa certificação de segurança, e está presente nas 90 mil unidades de produtos que comercializamos mensalmente”, diz o presidente da Oncoprod, Maurício Alfano.

Qualquer cliente ou laboratório pode ter acesso à informação sobre qual o destino daquela unidade de medicamento por meio do site da empresa. Basta digitar no campo ?rastreabilidade” o número correspondente ao código de barras. Esse mecanismo assegura aos compradores a procedência do produto.

Porém, o executivo alerta aos gestores que optarem por investir em sistemas de rastreabilidade, que desconfiem de preços muito abaixo do mercado. “Sugiro que peçam sempre as documentações exigidas pelos órgãos competentes, principalmente da Anvisa, a seus fornecedores e que visitem estas empresas regularmente”.

Criada em 1995, a Oncoprod comercializa cerca de 500 diferentes tipos de medicamentos fabricados por mais de 50 laboratórios farmacêuticos nacionais e internacionais e atende a mais de 2000 clientes por mês, entre hospitais, clínicas, órgãos públicos, além de consumidores finais.

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