Entre 1994 e 2008 a cobertura do Programa Saúde da Família (PSF) passou de 1,1% para 93,8% dos municípios brasileiros. A região com maior cobertura é a Nordeste, com 98,9% dos municípios atendidos. Já o Sudeste, com 88,7% de cobertura, é a que tem menos assistência do programa.
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A informação foi divulgada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), no 16º boletim Políticas Sociais “” Acompanhamento e Análise.
De acordo com o boletim, o PSF, associado aos programas Farmácia Popular e Vigilância em Saúde, reformulou o modelo de assistência à saúde no Brasil, retirando os pacientes de menor complexidade dos hospitais e promovendo a prevenção em casa.
Apesar disso, o Ipea aponta que a implantação do programa em cidades com mais de 100 mil habitantes ainda é um desafio e questiona se esse seria o modelo mais adequado para grandes municípios. O instituto não responde à pergunta alegando que essa não é uma questão simples e que está ligada a temas como o modelo de vigilância e controle de doenças – área diretamente relacionada ao desenvolvimento urbano, o que extrapola as competências do setor de saúde.
Em 2003, 22% dos municípios acima de 100 mil habitantes tinham cobertura do PSF. A meta de expansão previa que, em 2009, 48% das cidades com essa característica estivessem atendidas, mas diante do baixo crescimento, a meta foi revista para 35%.
No caso dos municípios com mais de 500 mil habitantes, a cobertura fica ainda abaixo dos 30%. Essas cidades, ressalta o Ipea, concentram cerca de 30% de toda a população do país.