A operação Caixa de Pandora começa a mostrar os seus reflexos na área de saúde. Depois da saída do secretário Augusto Carvalho da pasta, a investigação mostra suspeita de irregularidade na contratação de uma empresa especializada em reprodução de material gráfico.
O levantamento feito pela Polícia Federal mostra o histórico da empresa Uni-Repro Soluções para Documentos Ltda com a secretaria de saúde. A empresa foi contratada em 2007 por meio de ata de registro de preço para fazer a reprografia dos documentos. No período, o valor de repasse do governo do Distrito Federal foi de R$ 1,1 milhão. Um ano depois, a quantia da prestação de serviço à Saúde subiu para R$ 12,1 milhões. O que torna os gastos suspeitos é o fato de o próprio governo admitir em um documento que as despesas com a empresa Uni-Repro são 89% superiores aos praticados no mercado.
Nessa mesma época, outros oito setores passaram do governo passaram a ter contratos com a empresa. O acordo com a Secretaria de Educação foi de R$ 5 milhões. Somando todas as sete áreas, o valor não corresponde a um quarto do que foi repassado pela Secretaria de Saúde. No total, a empresa levou do governo um total de R$ 19,9 milhões em 2008, 20 vezes mais do que em 2007.
O ex-secretário de Saúde, Augusto Carvalho, negou o envolvimento no esquema, dizendo que quando assumiu a pasta, o contrato já havia sido firmado com a empresa.
* com informações do jornal Correio Braziliense
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