A Organização Mundial de Saúde declarou nesta terça-feira (19) que a pandemia do vírus da gripe H1N1 está sendo superada. De acordo com a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, uma conclusão mais segura sobre a pandemia só deve ocorrer em abril, quando a sessão de gripe terminar.
Além disso, insistiu sobre riscos quando o hemisfério sul entrar na sua sessão de gripe e o vírus se tornar mais transmissível. Na África, persiste a possibilidade de “intensas ondas de transmissão” do vírus.
Depois de ter decretado a pandemia e elevado ao nível mais alto de grau de alerta, a OMS está sob pressão de alguns governos e entidades. O Conselho da Europa, que reúne 47 países do velho continente, abriu uma investigação excepcional sobre a influência que a indústria farmacêutica teria exercido sobre a entidade. Na quarta-feira, os laboratórios Sanofi Pasteur, Novartis, GlaxoSmithKline e Baxter serão interrogados no Senado francês.
Estima-se que a venda maciça de vacinas para combater uma pandemia rendeu aos laboratórios até US$ 10 bilhões de lucros suplementares. Vários governos não sabem agora o que fazer com estoques de vacinas não utilizadas.
Um estudo do Banco Mundial estimava que o custo econômico da pandemia poderia variar de 0,7% a 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB) global, dependendo da gravidade da doença. A cifra menor leva em conta um cenário de “catástrofe modesta”, como a epidemia de gripe de Hong Kong, de 1968/69, que matou cerca de 1 milhão de pessoas no mundo. A estimativa maior se refere à gripe espanhola de 1918-1919, que teria feito pelo menos 30 milhões de mortos.
Por sua vez, a agência de classificação de riscos Moody´s estimou que o impacto macroeconômico global de uma pandemia de gripe moderada pode causar a morte de 1,4 milhão de pessoas e prejuízos de US$ 330 bilhões.
*Com informações do Valor Econômico
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