O sistema de saúde alemão está enfrentando um grande déficit. As operadoras registraram queda de ? 1,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a ministra da Saúde, Ulla Schmidt, o déficit pode chegar a ? 7 bilhões até o final do ano, de um orçamento total de ? 145 bilhões. A crise é atribuída às altas despesas com medicamentos e tratamentos hospitalares e à queda do número de pessoas que contribuem financeiramente com o sistema de saúde.
No atual modelo, todos trabalhadores alemães contribuem compulsoriamente com o sistema. A quantidade depende dos ganhos individuais, mas a média nacional é de 13,2% dos rendimentos.
Com o aumento do desemprego, que chegou a 10,8% em maio, o sistema foi abalado, assim como pela mudança no perfil populacional, com o aumento do número de idosos.
O governo pretende cobrir as perdas deste ano injetando ? 4,2 bilhões no sistema.
Há aproximadamente 3,7 médicos para mil habitantes; na Suécia, o índice é de 2,8. A proporção de dentistas por habitante também é alta, duas vezes maior do que na Suíça.
Apesar disso, analistas dizem que a Alemanha tem um dos sistemas públicos mais caros do mundo e também um dos menos eficientes.
De acordo com a organização não-governamental Transparência Internacional, entre os maiores problemas estão as fraudes e a corrupção no sistema, que desviam bilhões de euros a cada ano.