Há vários esforços, de diferentes tipos, para a adoção de ferramentas de comunicação entre profissionais de saúde. Alguns locais utilizam ainda os pagers e outros não tem um sistema próprio, gerando um compartilhamento de dados possivelmente inseguro para o paciente.
Whatsapp e outros aplicativos de conversação não são o local adequado para este tipo de informação. Por isso, devem ser criadas ferramentas semelhantes ao que já é utilizado pelo profissional de saúde e, se for o caso, até em seu próprio device.
Foi o que fez Ed Ricks, CIO do Beaufort Memorial Hospital, na Carolina do sul. O hospital fez uma parceria com a empresa Imprivata para o desenvolvimento de um aplicativo de mensagem HIPAA compliant que não tivesse requerimento de novos devices.
Segundo Ricks, os médicos já estavam utilizando os seus próprios smartphones para conversar com os outros, então ele precisou de uma solução que fosse segura e que permitisse a continuação do que eles já estavam fazendo.
Depois de um piloto de três anos, o aplicativo se provou bem-sucedido entre 200 profissionais do hospital e já é um procedimento padrão, substituindo os pagers em quase todas as áreas, menos em departamentos como anestesia, que continuarão fazendo uso de dispositivos de voz para não haver uso das mãos na comunicação.
Segundo Ed, o recrutamento inicial foi feito com cinco ou seis médicos e, dentro de uma semana, eles já tinham 40 adeptos do sistema. Em um piloto de dois meses, mais de 60 já estavam fazendo uso do aplicativo e, atualmente, eles têm 360.
Eles perceberam que todo este procedimento não era uma questão de tecnologia, mas de workflow. A lição, para o hospital, é simples: não jogue os últimos gadgets nos médicos e espere que eles adotem imediatamente.
Quanto ao uso destas informações como registros médicos, Ricks explicou que isso não será considerado, a princípio. “Decidimos que isso será comunicação informal. Não estamos tratando como parte dos registros médicos… Algum dia podemos mudar de ideia.”