Exoesqueletos fizeram parte das notícias, devido ao trabalho de Nicolelis e sua apresentação na Copa do Mundo, trazendo pessoas usuárias de cadeira de rodas a andar novamente. A Marinha americana, agora, está fazendo um teste para o uso dos exoesqueletos em aplicações de trabalho.
O FORTIS é um exoesqueleto leve, que suporta ferramentas de até 16 kg e funciona transferindo o peso deste tipo de ferramentas do corpo do trabalhador. Para trabalhos com demanda física, como dos trabalhadores do estaleiro, este tipo de alternativa pode aumentar bastante a produtividade.
Alguns testes mostraram que o FORTIS aumenta a produtividade de trabalhadores usando ferramentas manuais de 2 a 27 vezes, dependendo da atividade. Sem isso, um trabalhador poderia segurar algo que pesasse 7 kg sobre sua cabeça por três minutos. Com o exoesqueleto, os trabalhadores puderam trabalhar por 30 minutos sem necessidade de descanso.
O exoesqueleto é feito para aliviar a tensão em todo o corpo, incluindo os pés e tornozelos. Ele tem articulações no joelho, quadril e tornozelo e é flexível na cintura. O design do equipamento é simples e não se parece com aquele que vemos em filmes, mas, neste caso, simplicidade é melhor.
Não foram os EUA, no entanto, que começaram a utilizar o equipamento na marinha. A Coreia do Sul, no ano passado, com apoio de gigantes da indústria, como Samsung Heavy Industries, começaram a testar exoesqueletos robóticos em suas facilidades em Okpo-dong no ano passado.
A Coreia do Sul tem tradição em tecnologia e automação: em uma pesquisa realizada, foi descoberto que, de cada seis estaleiros, cinco utilizavam robôs em suas capacidades.
“Agora, a maioria dos estaleiros que visitamos eram significativamente mais avançados em robótica que os americanos que performan construções anvais e isso tem sido por um bom tempo”, disse Gene Mitchell, um oficial aposentado dos EUA.
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