A falta de recurso é uma constante quando se trata de atendimento público de saúde. Com base nesta premissa reivindicada pelo setor de Saúde há anos, o empresário Jorge Gerdau idealizou um projeto técnico, cujo nome é Programa Nacional de Melhoria da Gestão em Hospitais Filantrópicos (Mais Gestão).

Trata-se de um programa que prevê uma rápida redução de desperdícios, o aumento na produtividade e qualidade por meio da melhoria dos processos, além da capacitação, engajamento e motivação da equipe profissional.

“Com duração inicial de 40 semanas, as equipes dos hospitais serão capacitadas para aplicação de gestão estratégica, operacional, financeira e da informação por uma Equipe de Consultores Técnicos, treinada especialmente para tal e observadas as peculiaridades de cada hospital. De uma forma geral, o método Kaizen, o mesmo utilizado pela Toyota, será adotado na gestão operacional e deve possibilitar rápido alcance de nossos objetivos”, explica José Luiz Spigolon, superintendente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB).

O lançamento oficial do projeto que abrangerá 253 hospitais filantrópicos, de todas as regiões do país, filiados à CMB, divididos em seis grupos sediados nas capitais dos estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal foi realizado na última semana em Belo Horizonte.

O custo da etapa inicial do Programa, com duração de um ano, está orçado em R$ 15 milhões. “Os valores serão divididos entre os atuais financiadores, Instituto Gerdau e Petrobrás, e outros parceiros que estão em fase de confirmação”, informa Spigolon.

De acordo com o superintendente da CMB, o programa visa redução do impacto da defasagem dos valores dos procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). “O Mais Gestão se propõe a contribuir para reduzir o impacto do subfinanciamento do sistema público de saúde, oferecendo aos hospitais ferramentas de gestão capazes de solucionar parcialmente os problemas e oferecer à todos os usuários um atendimento mais digno e de qualidade superior ao atual”, conclui.