A Associação Hospitalar Angelina Meneghelli, de Rio do Sul, em Santa Catarina, terá de pagar indenização de R$ 30 mil a uma família por ter aplicado uma injeção que deixou sequelas numa menina. A decisão do Tribunal de Justiça (TJ) também deu direito da vítima receber um salário mínimo de pensão vitalícia assim que completar 14 anos.
A jovem ficou com a perna esquerda mais curta que a direita. O problema seria consequência da injeção tomada em 1998, quando ela era um bebê de oito meses. A menina vai receber R$ 20 e cada um dos pais R$ 5 mil.
O processo
O casal entrou na Justiça em 2004, quando constatou problemas na perna esquerda da menina que dificultaram o desenvolvimento da jovem. Os pais argumentaram que a menina recebeu um medicamento através de injeção, foi liberada da associação hospitalar em 48 horas e teve de ser levada a outra instituição no dia seguinte.
Ela estava com um edema na coxa esquerda e precisou ser transferida para o Hospital Regional de Rio do Sul. Os médicos confirmaram uma infecção que evoluiu para artrite séptica no quadril esquerdo. O TJ pediu uma perícia que comprovou o problema de saúde, mas não concluiu que havia ligação com o atendimento prestado pela associação.
Decisão da Justiça
O relator da apelação, desembargador Sérgio Izidoro Heil, reconheceu os argumentos apresentados pela família. Ele entendeu que mesmo inconclusivo o laudo tinha subsídios importantes quanto às possíveis origens da infecção. Afirmou que apesar de a injeção não ser a causa mais comum da artrite séptica em recém-nascidos, foi o motivo mais razoável apontado pelo perito. Na decisão desta quinta-feira, o magistrado destacou ainda que o hospital não apresentou dados que excluíssem a sua responsabilidade.
O escritório de Inácio Pavanello, advogado da Associação Hospitalar Angelina Meneghelli, informou que ele tinha outros compromisso e não podia se manifestar.
*Informações com o site Diario.com.br
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