Um levantamento feito pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp) mostrou redução na taxa de mortalidade de pacientes em sua Unidade de Terapia Intensiva. Desenvolvido ao longo de seis meses com 237 pacientes internados, o levantamento apontou uma taxa de 25% de mortalidade.
O principal procedimento que ajudou a reduzir este índice, de acordo com o coordenador da Unidade de Tratamento Intensivo do Icesp, José Otávio Auler Junior, é a precocidade do tratamento. “O tratamento precoce é um ponto fundamental e uma recomendação internacional. Quanto menos tempo o tratamento for ministrado, mais rápida será a recuperação”.
Outros procedimentos considerados relevantes para o resultado do estudo são a monitoração do paciente, a restauração da hidratação, o uso do antibiótico correto, a avaliação atemporal de hora em hora, além de uma equipe técnica bem desenvolvida.
“Nós encontramos uma evolução favorável muito maior do que se esperava. Mesmo com a pontuação alta (escore 28) foi obtido um baixo índice de mortalidade e, o mais importante, é que hoje nós saltamos de 237 para cerca de 500 pacientes na UTI e mesmo assim o índice permanece em baixa”, comemora Auler.
Neste mês, o Icesp partiu para uma segunda etapa, que é ver a qualidade de vida dos pacientes que passaram pela UTI e hoje se recuperam fora do instituto.
“Através do nosso serviço social, nós iremos telefonar para estes pacientes para saber se eles voltaram as atividades regulares e outras informações consideradas importantes para nossa equipe médica”, conclui.