Fala-se muito sobre o uso da empatia para melhorar os resultados em um atendimento e, consequentemente, melhorar a percepção do cliente sobre seu trabalho e sua empresa. Mas será que isso funciona na prática?
Para a psicologia, a empatia é o poder de entrar na personalidade do outro e experimentar imaginativamente suas experiências. No contexto da medicina, essa habilidade, que não deve ser confundida com a simpatia, pode ser o grande diferencial para um atendimento bem-sucedido.
Otimização da comunicação eficaz
Quando o médico demonstra empatia por seu paciente, deixa-o mais seguro durante o atendimento e, consequentemente, bem mais confortável para confiar informações e sentimentos sobre o problema que possui e os sintomas apresentados.
Dessa forma, o médico conseguirá recolher informações mais precisas e em maior quantidade durante a anamnese. Isso poupa tempo e esforços em exames físicos ou complementares, otimizando o atendimento como um todo.
Os pacientes confiam mais no médico
Um dos maiores benefícios da empatia na relação entre médico e paciente – e sem sombra de dúvidas, o ponto mais relevante para os profissionais da saúde mais pragmáticos – é que a habilidade de ser empático tem impactos positivos também nos aspectos fisiológicos.
Entre algumas vantagens identificadas por um estudo publicado nos Estados Unidos em 2011, estão o melhor funcionamento do sistema imunológico, altas mais rápidas após a realização de cirurgias e até mesmo a redução do período em que os sintomas se manifestam em doenças como a gripe. Outro estudo americano de 2011, do Jefferson Medical College, mostra que os pacientes diabéticos de médicos empáticos estavam mais dispostos a controlar os níveis de açúcar no sangue e colesterol do que aqueles atendidos por profissionais que não trabalham com essa abordagem.
Construir um diálogo empático ajuda bastante os pacientes a seguirem os tratamentos e melhorarem mais rápido por realmente confiarem no profissional à sua disposição.
Verificação de efeitos terapêuticos
Ainda que muitos médicos sejam extremamente objetivos e pragmáticos ao conduzir suas tarefas, eles também devem se lembrar de que os pacientes, na maioria das vezes, reagem de uma forma mais emotiva aos problemas de saúde.
Dessa forma, um profissional empático faz com que o paciente se abra sobre suas principais angústias e aflições, trazendo um efeito terapêutico positivo para as pessoas, além de torná-las mais colaborativas e satisfeitas com todo o processo de atendimento.
Pensamento empreendedor: manutenção de clientes
Quando o médico também é empreendedor, fazendo a gestão de uma clínica ou consultório, a empatia é ainda mais importante, pois ela é uma das chaves para o desenvolvimento de relacionamentos mais duradouros entre as partes. Afinal, que paciente terá interesse em agendar uma nova consulta após constatar que os médicos do local não demonstram qualquer tipo de sensibilidade por seus problemas?
Já sabemos que fatores como a competitividade entre profissionais, pacientes desconfiados e até mesmo a transformação da medicina em negócio fazem com que muitos médicos estejam mais propensos a serem impessoais com seus pacientes, seja para acelerar a rotina durante os atendimentos ou para evitar qualquer tipo de envolvimento pessoal. No entanto, todos os benefícios trazidos pela empatia para a saúde e satisfação dos pacientes não podem ser ignorados pelos médicos que querem ver seu trabalho dando resultados.
Prezar pela comunicação empática no atendimento dos pacientes é fundamental para os médicos empreendedores que querem construir seu nome e sua empresa de forma sólida, ética e bem-sucedida.