O médico rio-pretense Mario Abbud Filho foi convidado pela Pontifícia Academia de Ciência da Santa Sé, no Vaticano, para um Encontro fechado que debaterá o Tráfico de Órgãos e Pessoas e o Turismo dos Transplantes nos dias 7 e 8 deste mês. Abbud, aos 64 anos é um dos 75 convidados de todo o mundo para discutir o agravamento do problema em consequência dos imigrantes sírios, a pedido do papa Francisco.
Além de Mario Abbud, o médico José Medina, do Hospital do Rim de São Paulo, são os dois únicos brasileiros nessa missão. O rio-pretense é professor e chefe de nefrologia da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp) e diretor do Centro de Transplantes de Órgãos e Tecidos da Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme).
Há 30 anos, ele lida com transplante, foi membro da comissão de Ética das Sociedades Internacional Brasileira de Transplantes e combate o comércio de órgãos para transplantes desde 1986, quando manifestou seu ponto de vista na revista Veja, alertando sobre a fragilidade das leis então vigentes no Brasil. “Na década de 1990, havia anúncio em classificado nos jornais oferecendo órgãos. Hoje, com o aperfeiçoamento das nossas leis desde 2001, posso afirmar, com certeza de 99,9%, que no Brasil não há comércio de órgãos”, disse o médico.