Com o fim do ano se aproximando, fazer um balanço de 2016 e um planejamento para 2017 estão entre as principais necessidades dos hospitais, de forma a possibilitar a verificação de pontos críticos e a programação de aperfeiçoamentos. O Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) foi um dos grandes destaques de 2016, tendo aberto espaço para boa parte das inovações futuras, mas o setor deve receber receber ainda mais tecnologias, que prometem promover mudança e inovação tanto em termos gerenciais, quanto clínicos.

Em 2017, deve-se expandir o foco em bem-estar do paciente e em organização administrativa. Quatro tendências de mercado, segundo Paulo Magnus, presidente da MV, devem impulsionar um cenário de Saúde cada vez mais conectado:

  • Big Data e Analytics: A integração de dados, hoje, ainda é muito restrita nos hospitais. Esse é, portanto, uma das próximas investidas, depois da completa assimilação PEP. “Hoje os dados gerados pela área clínica estão, quase todos, totalmente desestruturados. O PEP ainda é uma pauta que deve ser trabalhada no Brasil, antes de adoção mais ampla de tecnologias que permitam a evolução para o estado da arte de Big Data/Analytics”, expõe;
  • Empoderamento do paciente: o paciente percebe o grau de aprimoramento do seu atendimento, podendo priorizar aqueles hospitais que atendem rápido, de maneira personalizada e com maior conectividade e segurança graças à saúde digital. Isso fará com que esse paciente, mais conectado e exigente, estimule, ainda mais, o aprimoramento tecnológico;
  • Cloud computing: com o avanço tecnológico dentro dos hospitais, o temor em relação à  garantia da integridade e segurança dos dados em cloud computing passou. O conceito já foi testado e aprovado, o que fortalece sua adesão. “A ausência de investimento inicial e o custo reduzido de manutenção de tecnologias baseadas em nuvem, associadas ao custo cada vez menor dos links de internet, estimulam a digitalização de hospitais, promovendo uma maturidade de TI mais adequada às necessidades atuais”, explica Magnus.
  • Inteligência clínica e administrativa: administrar melhor as contas, visando evitar glosas, por exemplo; economizar em backoffice e se amparar em ferramentas de análise e organização de dados, como o Enterprise Resource Planning (ERP), são tendência para melhorar o atendimento e a segurança do paciente, além de enxugar os gastos, sem perder a qualidade da assistência.