Uma equipe de pesquisadores da Unicamp, liderado pela dermatologista Maria Beatriz Puzzi, conseguiu desenvolver pele humana, com derme e epiderme associadas, em laboratório. A técnica é inédita tanto no Brasil quanto no exterior.
A partir da cultura de fibroblastos humanos, os pesquisadores obtiveram uma quantidade suficiente de células para injetar em uma matriz de colágeno bovino tipo I. Depois de obtida a derme, por meio de cultura de queratinócitos e melanócitos também humanos, formou-se a epiderme diferenciada.
Os desdobramentos mais imediatos do procedimento de produção de pele humana in vitro podem ser divididos em dois grupos: a utilização dessa pele em laboratório, para o teste de drogas ou de cosméticos, o que evitaria a necessidade de que fossem usados animais vivos nesses estudos; e o uso clínico, para utilização dessa técnica no tratamento de queimaduras ou de feridas na pele.
Nos testes realizados foram usadas células da pele do abdômen ou da mama, que haviam sido descartadas após a realização de cirurgias convencionais. Todos os protocolos éticos também foram aprovados.