O número de internações nas oito Unidade de Pronto Atendimento de Curitiba (PR) aumentou cinco vezes em julho, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Para lidar com o problema, a prefeitura da cidade apresentou na semana passada uma proposta de revisão dos contratos entre os hospitais da rede de urgência e emergência e a administração municipal.
Segundo o município, o objetivo é reduzir o número de internações absorvidas pelas UPAs reorganizando o sistema de saúde, que está operando com problemas. A proposta prevê que cada hospital da cidade atenderia um determinado número de pacientes de uma UPA.
De acordo com o portal paranaense Bonde, o assunto esteve em pauta durante reunião técnica entre os diretores de hospitais, o prefeito Gustavo Fruet, o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, e a diretora do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Maria do Carmo.
Curitiba possui 266 leitos ativos de UTI, considerados insuficientes em períodos de maior demanda, o que tem levado algumas instituições à transferir doentes para as UPAs ? cuja demanda por consultas nas unidades 24 horas em julho aumentou 37%.
Massuda declarou ao Bonde que este aumento é reflexo da desestruturação do sistema de urgência e emergência da região metropolitana, absorvido por Curitiba.
Na proposta de recontratualização apresentada pro Fruet, cada hospital se torna forneceria 20 leitos de retaguarda clínica para uma UPA. Cada unidade de pronto atendimento ganha ainda uma equipe de atenção domiciliar para dar assistência aos pacientes que não precisam ficar internados.
* com informações do portal Bonde e da Prefeitura Municipal de Curitiba