A procura pelos livros com temas sobre saúde surpreendeu os organizadores do estande da editora do Ministério da Saúde, na 16ª Bienal Internacional do Livro, no Riocentro. Esta é segunda vez que a editora monta estande em uma bienal ? a primeira foi no ano passado em São Paulo. Segundo a coordenadora de gestão editorial, Andrea Torriceli, foi necessário mandar mais exemplares para a feira.
“Estamos imprimindo mais exemplares, porque a procura foi muito grande e nos surpreendeu: em São Paulo, foi menor. A população gosta muito e dá um retorno bom. É bom saber que as pessoas precisam mesmo de publicações sobre saúde?, disse Andrea.
Como a editora tem um elevado número de publicações, os organizadores do estande do Ministério da Saúde precisaram de uma seleção para definir os livros que seriam levados para a Bienal do Livro. “A escolha foi a partir dos temas, e os que não foram selecionados este ano estarão aqui no próximo”, explicou.
De acordo com Andrea, a editora trabalha somente com publicações do Ministério da Saúde, que são preparadas pelas áreas técnicas e entregues para a impressão. “A editora faz a normalização, a revisão, a diagramação e imprime. Fazemos o projeto editorial, mas a autoria é da área técnica.”
O objetivo da editora é atender às instituições interessadas em desenvolver projetos na área de saúde, como escolas e organizações não governamentais (ONGs). Fora das feiras, os livros podem ser vistos por meio da biblioteca virtual da editora, que permite o download.
Para receber as publicações, é preciso mandar um e-mail para a editora detalhando o projeto. Segundo Andrea, a ideia é incluir esses projetos nas listas de endereços das áreas técnicas autoras das publicações.
O número de exemplares impressos varia conforme a necessidade de alcance da publicação. Andrea Torricelli deu como exemplo a caderneta de saúde da criança, da qual são impressos 6 milhões de exemplares. Já os livros técnicos, que vão apenas para os conselhos de Saúde, saem com 10 mil exemplares. Para ela, o retorno do público nas feiras serve para avaliar o alcance da distribuição das publicações. Ela explicou que o resultado do ano passado mostrou que os livros não estavam chegando aos projetos que precisavam ser atingidos.
Além de adquirir as publicações do Ministério da Saúde, o visitante desse estande pode sair de lá com o cartão nacional de saúde. O analista de sistema do núcleo técnico do cartão Antonio Augusto Cortez informou que, para fazer o documento, é preciso apenas apresentar a carteira de identidade, o CPF ou a carteira de habilitação. Depois de uma consulta ao sistema, se for comprovado que a pessoa já tem cadastro, o cartão é emitido na hora. Caso contrário, o cadastramento é feito imediatamente.
Implantado em 2000, o cadastro tem atualmente 160 milhões de registros válidos. Para Cortez, o cartão é uma espécie de CPF da Saúde. “A pessoa vai ter esse número para sempre. O cartão serve para uma série de atendimentos no Sistema Único de Saúde [SUS].”
Ele explicou que o uso do cartão permite o monitoramento de dados importantes sobre o atendimento aos pacientes tanto na rede pública quanto na particular. “[O cartão] identifica a pessoa, o atendimento, quem atendeu, por que foi atendida e onde foi feito o atendimento. São os cinco eixos dentro do sistema. Com isso, o gestor pode ter mais acesso a informações como endemias ou a dados que podem ser trabalhados para atendimentos futuros.”
Ainda no estande, o visitante pode ver também uma mostra do Centro Cultural do Ministério da Saúde, que funciona no Rio de Janeiro.