Na próxima quarta-feira (30), será comemorado o Dia Nacional de Luta Contra o Reumatismo. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que mais de 15 milhões de pessoas sofrem com a doença. Além disso, as doenças reumáticas atingem cerca de 12 milhões de brasileiros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O reumatismo, normalmente, é associado a apenas uma doença, proveniente das articulações, dos músculos, ligamentos e tendões. Mas na verdade, cerca de 200 patologias estão ligadas a estas inflamações. As mais conhecidas são a artrite reumatoide e a artrose, que provocam dores agudas nas articulações e cartilagens. No entanto, as doenças reumáticas podem acometer órgãos internos, como coração e rins.

Além disso, as doenças com maior incidência entre os idosos (mais de 60 anos de idade) são: osteoartrose, osteoporose, gota, fibromialgia, tendinite, entre outras. “A maior longevidade da população leva a um aumento da participação dos idosos entre os mais afetados pelos reumatismos” alerta o reumatologista do Hospital Santa Luzia, Dr. David Pedrosa.

O médico ressalta que existem vários métodos para o tratamento das inflamações, mas que não há cura para a doença. Ele cita, também, que os anti-inflamatórios são utilizados para conter as dores, sendo os mais potentes aqueles à base de Cortisona. Contudo, drogas mais modernas são eficientes e apresentam menos efeitos colaterais. “São os casos dos medicamentos utilizados para o tratamento de câncer, que têm uma boa resposta em pacientes com Artrite Reumatoide”, exemplifica o médico.

Dr. David acrescenta, ainda, que não é possível prever quem terá a doença. “Entretanto, é perfeitamente possível impedir que a doença progrida. Mas, para isso, o tratamento deve começar com os primeiros sintomas”, esclarece. O especialista explica que durante o tratamento é recomendável levar em consideração fatores externos. “O estresse provoca, geralmente, uma piora no estado de saúde dos pacientes com fibromialgia. Desta forma, é necessária uma avaliação completa do paciente, para que o tratamento seja eficaz”, conclui o reumatologista.