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Preços dos medicamentos voltam a subir em março, aponta FIPE e Bionexo

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• IPM-H registrou alta de 1,72% no mês passado - alta no trimestre é de 2,83%; • Resultado reflete agravamento da pandemia, colapso das unidades de saúde e depreciação cambial.

Os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registraram alta de +1,72% em março, revela o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador inédito criado pela Fipe em parceria com a Bionexo - health tech líder em soluções digitais para gestão em saúde. O indicador vem oscilando neste ano, com queda de -0,23% em fevereiro e alta de +1,32% em janeiro. No primeiro trimestre deste ano, o índice acumula alta de +2,83%. Á variação acumulada nos últimos 12 meses é de +12,97%.

A variação em março foi impulsionada pelo avanço observado nos preços médios em oito dos doze grupos de medicamentos, destacando-se: sistema nervoso (+10,50%), aparelho digestivo e metabolismo (+6,10%), aparelho respiratório (+3,13%), preparados hormonais sistêmicos (+2,46%), aparelho cardiovascular (+2,13%), entre outros.

Comparativamente, o resultado do IPM-H superou o comportamento esperado do IPCA/IBGE de março (+0,93%), mas não a inflação calculada pelo IGP-M/FGV (+2,94%) para o mesmo mês. Além disso, a variação do índice foi inferior ao comportamento da taxa média de câmbio (+4,20%).

No recorte temporal dos últimos doze meses, os grupos que mais contribuíram para a alta do IPM-H foram: aparelho digestivo e metabolismo (+72,40%), sistema nervoso (+67,91%), aparelho cardiovascular (+52,77%) e sistema musculesquelético (+26,84%). Em contraste, os grupos com as menores variações incluíram: anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-9,03%), medicamentos atuantes no aparelho geniturinário (+3,48%), agentes antineoplásicos/quimioterápicos (+3,56%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+3,57%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+6,29%), órgãos sensitivos (+6,68%), aparelho respiratório (+8,80%) e preparados hormonais sistêmicos (+12,65%).

Cabe notar que as principais altas contemplam medicamentos usados em casos graves de COVID-19, incluindo: norepinefrina (terapia cardíaca e suporte vital), fentalina (analgésico), propofol (anestésico), midazolam (hipnótico/sedativo/tranquilizante), omeprazol e pantoprazol (antiácidos utilizados no tratamento de dispepsia/úlcera gástrica e outros distúrbios gastrointestinais).

O IPM-H é elaborado com base em transações entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro no período de janeiro de 2015 a janeiro de 2021. Nos últimos anos, a variação anual do indicador foi de + 4,74% (2015), + 4,97% (2016), + 3,94% (2017), + 4,97% (2018), + 3,97% (2019) e + 14,36% (2020).

As crises sanitária e econômica no país têm afetado os preços dos produtos pela combinação de vários fatores, entre eles o aumento da demanda dos sistemas de saúde, desabastecimento do mercado doméstico, efeitos cambiais e do preço de insumos.