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Empresas de tecnologia para diagnósticos moleculares auxiliam pesquisadores a sequenciar o genoma das variantes da COVID-19 no Brasil

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Frentes de pesquisa contam com soluções de última geração para acompanhar a evolução do SARS-CoV-2

Entender a disseminação das novas cepas do SARS-CoV-2, assim como monitorar as mutações e potencial de infecção das variantes do vírus causador da atual pandemia, têm sido os maiores desafios da comunidade médica e científica. Ter conhecimento dessas informações pode ajudar a definir medidas de controle epidemiológico, além de permitir avaliar, por meio de estudos, se as variações poderão também ser combatidas pelas vacinas que temos hoje disponíveis.

Com o propósito de contribuir com as pesquisas realizadas nesse sentido, como as da Rede Corona-Ômica, comitê responsável pelo monitoramento e sequenciamento do genoma do vírus circulante no Brasil, empresas de tecnologia para diagnósticos moleculares, entre elas a QIAGEN, seguem aprimorando suas soluções com o que há de mais novo no universo científico para dar as ferramentas necessárias, que agreguem eficiência nesses estudos.

Entre as novidades apresentadas pela multinacional alemã está o QIAseq DIRECT SARS-CoV-2 Kit (RUO), que permite o preparo de biblioteca para sequenciamento do genoma completo do vírus SARS-CoV-2. Desenvolvido a partir da tecnologia de sequenciamento de nova geração (NGS – Next Generation Sequencing), a ferramenta é uma solução completa, com todos os reagentes necessários para o estudo conclusivo das amostras analisadas. 

“Nossa missão é oferecer respostas rápidas e precisas nessa corrida contra a COVID-19, por isso, seguimos aprimorando nossas ferramentas, de maneira que sejam cada vez mais eficientes. O QIAseq DIRECT SARS-CoV-2 Kit (RUO) realiza todo o processo de sequenciamento em apenas um dia, metade do tempo de qualquer outra solução do mercado, e permite a análise de mais de 3 mil amostras simultaneamente nos sequenciadores de produtividade mais alta. Além disso, permite economizar materiais plásticos de laboratório, que podem ser um gargalo nesse processo, e possui primers desenhados para otimizar a cobertura do genoma completo do vírus”, destaca Allan Richard Gomes Munford, Gerente Regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN.

De acordo com Fernando Rosado Spilki, coordenador da Rede Corona-Ômica BR-MCTI e professor do mestrado em Virologia da Universidade Feevale, essas novas tecnologias apresentam muitas vantagens às pesquisas e têm permitido rastrear, com muito mais rapidez, o surgimento das novas variantes do SARS-CoV-2. “O sequenciamento genômico não é um processo simples de ser feito. São várias etapas que precisam ser percorridas, o que leva um tempo que atualmente não temos. Quanto antes conseguirmos entender as mutações, como e quando elas acontecem, mais rápido poderemos controlar e conter a disseminação. Sem essas ferramentas tecnológicas, não teríamos conseguido aplicar a vigilância genômica em larga escala, tanto no Brasil, quanto no mundo, e esse é um dos fatores determinantes nessa luta de combate ao vírus”, comenta o especialista. 

Renato Santana Aguiar, professor e virologista da UFMG explica que essas tecnologias têm sido fundamentais desde o início da pandemia, pois aceleraram o processo de sequenciamento do vírus e trouxeram respostas rápidas sobre sua caracterização e comportamento. “Sequenciar o vírus é o primeiro passo em qualquer cenário pandêmico, a partir disso é possível entender sua evolução, criar um diagnóstico molecular, desenvolver vacinas, até chegar ao momento que estamos agora, de rastreamento e mapeamento de novas variantes. As ferramentas que temos hoje são mais ágeis, levamos pouco mais de um dia para obter os resultados e as respostas são muito mais assertivas. Como essas soluções permitem pular etapas, já que inúmeras reações foram condensadas nesse processo, podemos dizer que elas contribuíram também para acelerar o conhecimento, muito alunos conseguem fazer os experimentos sem dificuldades”, conclui.