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Quanto e como podemos resistir à insatisfação? Quanto queremos mudar de verdade? Queremos deixar de fazer as mesmas coisas, da mesma forma? Sair da zona de conforto não é fácil, mas muitas vezes é preciso. E nesses nossos tempos cada vez mais velozes e intensos, sequer resta um respiro para reflexão, por mais fundamental que ela se mostre.
Nesta quarta edição do Referências da Saúde, última edição de 2014 da Revista Saúde Business, trazemos iniciativas daqueles que tiveram coragem de abandonar a zona de conforto e construir algo de valor. Como já escrevi em outros momentos, nem sempre se trata de investimentos com cifras astronômicas ou que envolvam equipes enormes ou as consultorias mais renomadas. São passos às vezes pequenos, às vezes grandes, lentos ou rápidos e, acima de tudo, importantes para a instituição abandonar os vícios e escolher ver os mesmos problemas de uma nova forma. E solucioná-los, é claro!
É evidente a evolução dos cases que recebemos nestes últimos anos. Percebemos, por exemplo, que a gestão financeira tem feito as empresas desenvolverem mecanismos criativos para reduzir os custos e melhorar o desempenho. São entidades que identificaram uma oportunidade de crescimento, um novo nicho de mercado ou adotaram novos processos de gestão e estão fazendo a diferença.
O gestor também passou a perceber o quão importante é o tema governança corporativa para a perenidade e visibilidade de sua instituição e está deixando a fama de empresa familiar e não profissional no passado. Outro destaque é a tecnologia da informação, apontada como crítica nas entidades, e que tem tido o papel de transformar o dia a dia das organizações. Com soluções criativas e até mesmo sistemas caseiros, as entidades têm melhorado o atendimento ao paciente e a qualidade da assistência.
O colaborador de saúde, mais uma vez, se mostrou a força motriz deste desenvolvimento, e as entidades já começaram a olhar para isso, ouvindo as iniciativas e os problemas desses profissionais (dentro ou fora da empresa) e os ajudando a resolver da melhor forma. Destaco também os projetos de responsabilidade socioambiental que nesta edição mostraram o verdadeiro papel social que o setor de saúde deve ter, ajudando a sua comunidade a viver melhor dentro e fora das paredes da empresa.