Um novo procedimento para eliminação de miomas, que descarta a necessidade de cirurgia e preserva o útero da mulher, a embolização, foi um dos principais temas do 11º Congresso da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice), realizado no último fim de semana, em Salvador. O método não-invasivo já utilizado com sucesso no tratamento de aneurismas e tumores cerebrais, começa a ser aplicado para eliminar tumores uterinos, possibilitando à mulher engravidar posteriormente ao tratamento.

O Congresso contou com a participação de especialistas de vários países. A programação teve foco na atualização da técnica que está sendo introduzida na Bahia como alternativa à cirurgia para retirada de miomas. Criada pelo médico francês Jacques Ravina, em 1991, a técnica consiste na introdução de um microcatéter na artéria da perna, fazendo com que chegue até uma das artérias uterinas que alimentam o útero e o mioma, bloqueando-a com micropartículas, provocando uma espécie de enfarto do tumor. As vantagens são inúmeras para as pacientes que querem tratar o mioma sem correr o risco da perda do útero. “Basta dizer que muitas se tornam aptas a engravidar após se submeterem ao tratamento”, observa Dr. Marcus Vinicius Borges, do Instituto de Radiologia Intervencionista da Bahia – Inradi. O procedimento é realizado em 50 minutos e a paciente tem alta seis horas após a intervenção. “Em 13 dias ela já está de volta a sua rotina normal”, diz Marcus