No mês que marca a passagem do Dia Nacional de Combate ao Glaucoma (26/05), oftalmologista destaca a necessidade de rastreamento da doença em população assintomática

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o glaucoma é a segunda causa de cegueira no Brasil e responsável por 13% da perda de visão derivada de enfermidades em todo o mundo. Sem causas específicas, está ligado ao aumento da pressão intra-ocular que, por sua vez, leva à destruição das células retinianas e do nervo óptico. “Diagnosticá-la precocemente é muito importante para a preservação da saúde”, comenta Dra. Larissa Pedroso, do Departamento de Glaucoma do Inob, em Brasília.

A doença segue ceifando a qualidade de vida dos brasileiros porque, na fase inicial, é assintomática. “Apenas em uma consulta de rotina é possível detecta-la”, explica Dra. Larissa. A partir dos 40 anos, homens e mulheres devem visitar regularmente o oftalmologista. Indivíduos da raça negra, diabéticos, hipertensos, míopes ou aqueles que usam há muito tempo determinadas medicações devem redobrar os cuidados. “Se na família houver casos já diagnosticados, a atenção deve ser ainda maior”, enfatiza.

Os principais sintomas na fase avançada são estreitamento do campo visual e perda progressiva da visão. Mas, há casos agudos nos quais o indivíduo experimenta visão borrada, forte dor ocular, halos coloridos em volta da luz, náuseas, vômitos e cefaléia. “Diante de qualquer sintoma, é preciso procurar imediatamente um especialista”, orienta.