Segundo pesquisa da Secretaria de Saúde, no Distrito Federal, 14% da população são fumantes – cerca de 310 mil pessoas. Como resultado do nada inofensivo hábito de fumar cerca de 2,6 mil pessoas morrem anualmente na capital federal. A maior parte em decorrência do câncer de pulmão. “Um terço dos diagnósticos de câncer decorrem do tabagismo, ou seja, mais de 30% dos pacientes não necessitariam passar pelo enfrentamento da doença”, ressalta Dr. Murilo Buso, do Centro de Câncer de Brasília.
Enquanto em São Paulo segue a polêmica em torno da lei que proíbe o fumo em locais públicos, em Brasília a Câmara Legislativa quer ir além. O projeto de Lei do ex-deputado Alírio Neto, visa implementar regras ainda mais excludentes aos tabagistas, entre elas a proibição dos fumódromos nas empresas.
“A participação da iniciativa privada e pública é um grande diferencial, principalmente quando elas compram a ideia com ações internas, que viabilizam palestras e ações sobre os fatores de risco, disponibilizando informação e grupo de apoio para quem deseja parar de fumar”, ressalta o Dr. Murilo. O diretor do Centro de Câncer de Brasília complementa: “É fundamental o trabalho educativo, para que as pessoas não comecem a fumar. Quando se atinge crianças a adolescentes é possível reduzir o numero de futuros adultos tabagistas e a disseminação dos bons hábitos na família”.