Quantos pacientes levaram a cabo o projeto de digitalizar seus registros pessoais de saúde (PHR)? Acredito que não muitos. A maioria das pessoas que se preocuparam em coletar e gerenciar suas informações de saúde deve estar agora com uma caixa cheia de exames, instruções de alta e receitas, mas não se preocuparam em dar o segundo passo.
Claro, há alguns fornecedores que podem ajudar. E alguns seguros de saúde e empregadores também oferecem assistência por meio de grupos de consórcios como a Dossia. No entanto, muita dessa informação é derivada de dados de reivindicações, o que nem sempre fornece um quadro claro do paciente. Algumas vezes, os dados sugerem que a coleta de sangue foi feita, mas não há resultado no arquivo.
Sob as regulamentações do HITECH Act e da HIPAA, médicos devem oferecer aos pacientes cópias ou acesso eletrônico aos seus dados clínicos, que podem ser usados para popularizar o PHR. Mas para a grande maioria, isso vem sendo feito por meio de portais dos pacientes. E apesar de um portal ser conveniente para os pacientes, a não ser que o indivíduo receba os cuidados de um grupo de afiliados de fornecedores ? com a Kaiser Permanente, por exemplo ? é pouco provável que a informação esteja completa.
Então, o que os pacientes precisam fazer se quiserem criar e gerenciar seu e-health record? Muitas vezes, isso exige complementar informações já existentes em PDFs ou imagens de documentos digitalizados com uma miscelânea de informações variadas de registros em papel. É muito trabalho. E se o paciente está convalescente ou sofrendo de uma doença grave, concentrar todas essas informações em um único lugar pode ser mais trabalhoso ainda.
Uma opção é utilizar os serviços de empresas como a Zweena, que oferece um serviço que rastreia os registros médicos em papel e insere dados essenciais desses documentos em um registro digital compreensível e controlável.
Durante os últimos cinco anos, a pequena equipe da Zweena ?, que inclui uma enfermeira e especialistas em código médico, criou registro de saúde digitalizado para cerca de 450 pessoas, chegando a mais de 3.500 páginas de documentos médicos. Com a autorização do paciente assinada, sua equipe manda um pedido dos registros para o médico de seu cliente. Quando os registros chegam, eles ?abstraem informações críticas? e inserem esses dados em novos registros digitais.
O serviço é taxado em US$50 por ano por uma associação básica e até US$ 495 por ano por serviço ?premium?, que dá aos membros acesso irrestrito à equipe da Zweena. Com o serviço premium, as enfermeiras da empresa respondem dúvidas sobre um termo médico, ou terem seus registros impressos e enviados para alguém que está fora.
A empresa também tem relações com a Microsoft, assim os registros podem ser transferidos para o PHR Microsoft Health Vault, ?no caso? de algumas pessoas não se sentirem confortáveis em lidar com uma pequena empresa como a nossa, afirmou o fundador da Zweena, John Phelan.
A empresa deseja posteriormente permitir transferência bidirecional de informações entre a Health Vault e o Zweena PHRs, assim os pacientes podem facilmente terem seus dados atualizados conforme mais médicos concordarem em mandar os dados eletrônicos para o Health Vault e outras plataformas PHR.
?Há uma evolução em andamento. O modelo do Google Health não funcionou porque eles estavam focados em obter milhões de adesões? para seu site PHR. ?Mas a ideia precisa ser colocar o paciente como centro de suas informações? e facilitar ao máximo, finalizou Phelan.
Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Business.
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