Dados do Instituto Nacional de Câncer revelam: até o final de 2009, surgirão cerca de 470 mil novos casos da doença no Brasil. A estimativa é alarmante, mas as evoluções tecnológicas garantem que a patologia não deve tirar as esperanças de ninguém. Até mesmo quando se trata de fertilidade. “Os medicamentos utilizados na quimioterapia e na radioterapia são muito agressivos e podem provocar uma série de reações adversas no paciente. Uma delas é a infertilidade permanente, que pode ocorrer tanto no homem quanto na mulher”, explica o especialista em reprodução humana Adelino Amaral, da Clínica Genesis.

A boa notícia é que já existe uma alternativa para reverter esse quadro. “Trata-se de uma técnica que preserva a capacidade reprodutiva por meio do congelamento de gametas: a Criopreservação Terapêutica de Gametas”, conta Adelino Amaral. O ideal é que ocorra atendimento multidisciplinar ao paciente que descobre o câncer, pois assim ele tem a opção de escolher se quer ou não ter filhos.

Apesar das expectativas para a mulher serem menores, a criopreservação terapêutica de gametas representa uma luz no fim do túnel. “Ser mãe é sonho da maioria das pacientes. Quando elas descobrem a doença, se agarram a todas as possibilidades. É dever do médico oferecer apoio e informações pertinentes”, comenta o especialista. Além disso, o procedimento é relativamente recente. ”A tendência é que seja cada vez mais aperfeiçoado”, conclui o especialista Adelino Amaral.