O nome é complicado e desconhecido para alguns, mas as doenças pneumocócicas são muito frequentes, principalmente no inverno e na primavera. Além disso, representam um dos maiores problemas de saúde pública no mundo inteiro. Todos os anos, cerca de 1 milhão de crianças morrem vítimas de infecções por pneumococos.

“Entre as manifestações mais comuns estão a otite média aguda (OMA), a sinusite, as pneumonias e a meningite pneumocócica”, explica a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). A meningite pneumocócica, por exemplo, é muito séria e pode deixar sequelas neurológicas, além de perda auditiva nos pacientes. Se não tratada com antibiótico a tempo, a doença pode ser letal.

Grupos de risco

O pneumococo é uma bactéria que pode se desenvolver na parte nasal da faringe (região anatômica localizada acima do palato mole – nasofaringe) de pessoas saudáveis, que não manifestam qualquer sintoma. Porém, quando a bactéria encontra um ambiente favorável, ou seja, pessoas com imunidade reduzida, ela consegue se reproduzir rapidamente e levar a uma infecção. Cerca de 30% a 60% das crianças menores de 5 anos são portadoras dessa bactéria e a transmitem sem saber.

Crianças menores de dois anos e idosos com idades acima de 65 são mais suscetíveis a infecções por pneumococos, mesmo sendo saudáveis. Já os alérgicos e asmáticos são inseridos nos grupos de risco porque apresentam naturalmente fragilidade no sistema respiratório.