Pacientes com múltiplos fatores de risco para doença arterial coronariana, assintomáticos, devem ser submetidos a testes que identifiquem em que nível de atividade física tornam-se mais susceptíveis a apresentar complicações. Não existe, no entanto, consenso sobre como realizar um rastreamento efetivo e devido a isso, a ADA não recomenda o rastreamento de rotina. Pacientes com alto risco cardíaco devem ser encorajados a iniciar um aumento da atividade física por curtos períodos. Para os pacientes com episódios freqüentes de hiperglicemia e cetóticos, os exercícios parecem piorar a hiperglicemia e a cetose, de modo que para eles não é recomendada uma atividade física intensa. Pacientes hiperglicêmicos, sem cetonúria, sentido-se bem, deverão ser encorajados a iniciar atividades físicas. Em pacientes que recebem insulina ou secretagogos de insulina, a realização de exercícios físicos pode causar hipoglicemia, se não for alterada a dose da medicação ou o consumo de carboidratos. Exercícios aeróbicos intensos ou de resistência são contra-indicados para pacientes com retinopatia proliferativa ou retinopatia diabética grave, não proliferativa, devido a maior possibilidade de hemorragia vítrea ou descolamento de retina.

Virgilio Centurion, oftalmologista, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.

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