A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) realizou na noite desta quarta-feira, 14, com a presença das principais lideranças e entidades representativas do setor, a cerimônia de premiação de um dos mais importantes reconhecimentos conferidos ao trabalho jornalístico no campo da Saúde: o Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo. Em sua sétima edição, a premiação tem o objetivo de provocar, por meio do importante trabalho realizado pela imprensa nacional, reflexões em prol da melhoria do sistema de saúde brasileiro.
Na edição deste ano, o Prêmio, mais uma vez, superou as expectativas de participações. Ao todo, foram 215 trabalhos classificados, nas quatro categorias: TV, internet, rádio e impresso. As melhores reportagens de cada categoria foram homenageadas com a entrega de troféu e o pagamento de R$ 10 mil.
“Qualificar o setor hospitalar tem sido a grande missão da FBH ao longo dos anos, e o trabalho realizado pela imprensa, pelo jornalismo sério, profissional, também pode ser uma mola propulsora para evolução do setor, apontando não apenas o que precisa melhorar, como também reconhecendo o que precisa ser disseminado. Sem a divulgação, a ciência não vai além”, destacou o presidente da FBH, Adelvânio Francisco Morato.
Vencedores
Na categoria TV, o jornalista Alex Tajra foi premiado com a reportagem “Juquery – lugar fora do mundo”. A matéria foi exibida pela Globo News e abordou relatos de ex-pacientes, ex-funcionários e pesquisadores sobre violações de direitos humanos na unidade psíquica.
A reportagem “A longa busca de uma cura”, produzida pelo jornalista Ricardo Zorzetto, da Revista FAPESP, foi a vencedora na categoria Impresso. Ricardo abordou o sucesso do tratamento experimental, coordenado por pesquisadores da Unifesp, que combina uso de medicamentos com uma vacina personalizada para controlar o HIV após a suspensão dos antirretrovirais.
Os impactos da pandemia de covid-19 na vida de pacientes que convivem com algum tipo de síndrome, ou que aguardam por transplantes de órgãos, foram abordados pelas reportagens vencedoras nas categorias rádio e internet. Na matéria “Cinco anos depois, como estão as crianças com microcefalia”, a jornalista do Estadão, Fabiana Cambricoli, mostrou como a pandemia agravou as sequelas das crianças que nasceram com microcefalia, com a interrupção das sessões de estimulação.
Já a reportagem de Gabriela Mayer, da BandNews FM, evidenciou a angústia de mais de 50 mil pessoas que aguardam atualmente na fila de transplantes de órgãos. Com a pandemia, as doações caíram e a fila só aumentou. Somente em 2021, cerca de 4.200 pessoas morreram aguardando pelo procedimento.
“Estou muito feliz com este reconhecimento, principalmente por ter sido com esta reportagem. Durante a pandemia, vários problemas vivenciados na área da saúde foram deixados para um segundo plano e a questão do transplante de órgãos foi um deles. Quero dedicar este prêmio às quatro mil e duzentas pessoas que morreram na fila, como também às 50 mil que hoje aguardam por um transplante”, disse Gabriela Mayer.
A seleção dos trabalhos vencedores foi realizada por uma banca examinadora, composta por uma equipe de profissionais altamente qualificados e com experiência prática na área jornalística. Participaram como jurados Monike Castilho – jornalista especializada em gestão pública, com atuação reconhecida em órgãos como Ministério do Turismo e Câmara dos Deputados; Suzana Soares Guimarães – jornalista e psicóloga, com pós-graduação em língua portuguesa /texto e discurso; e o jornalista Fabrício Barbosa – pós-graduado em cinema e ex-professor de pós-graduação em jornalismo do UNICEUB.
“A cada edição, o Prêmio Synapsis vem mostrando a sua força e a sua importância dentro do debate sobre a evolução do setor saúde. Para nós é uma honra enorme participar como patrocinador desta grande iniciativa”, destacou Eduardo Barros, que é diretor de negócios da Informa Markets, patrocinadora do Prêmio.
Por Assessoria/FBH