Comumente entre os primeiros lugares nas reclamações junto aos órgãos de defesa do consumidor, está na hora dos planos de saúde mudarem seu foco, esquecendo um pouco a fiscalização que lhes é tão onerosa para unir-se aos prestadores de assistência médica e, sobretudo, para investir na atenção ao cuidado com seus beneficiários.
É sobejamente sabido por todos nós do setor que as pessoas idosas gastam mais com a saúde, mas poucos de nós nos preocupamos em fornecer o medicamento para essas pessoas, como um dos fatores de atenção preventiva de fato.
Remédios não aumentam custos quando corretamente ministrados. Remédios reduzem doenças e consequentemente os custos. Ademais, nos casos de distribuição dos medicamentos pelas próprias operadoras, o preço do remédio tende a reduzir drasticamente por causa da economia de escala. Ou seja: compra grande, preço pequeno. Mesmo quando repassado integralmente para o usuário, todos saem ganhando com a economia de custos e o resultado satisfatório para a saúde.
Não custa repetir que tão importante quanto o acesso ao médico é o acesso ao medicamento e com usuários felizes teremos menos problemas e melhores resultados. É a lógica do sistema.
Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar e Blogueiro.
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