A paralisação dos trabalhadores dos hospitais estaduais de São Paulo, em greve desde o dia 25 de agosto, prossegue por pelo menos mais um dia. O sindicato da categoria, Sindsaúde-SP, e a Secretaria do Estado da Saúde não chegaram a um acordo na reunião de hoje e uma nova assembléia foi marcada para amanhã, às 10h30, quando serão retomadas as negociações.
Segundo o órgão estadual, o impasse está na Lei de Responsabilidade Fiscal que impossibilita reajustes. No entanto a presidente do Sindsaúde, Sônia Takeda, rebate as informações oficiais afirmando que no primeiro semestre de 2003, a arrecadação do Estado cresceu 11% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na tarde de ontem a juíza Dora Vaz Treviño, do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo da 2ª Região, decidiu que a greve dos servidores da saúde do Estado. O TRT determinou ainda o pagamento dos dias parados e assegurou estabilidade de 90 dias para a categoria. Foi definido também um reajuste de 18,5% sobre os salários de julho deste ano, mantido a gratificação de R$ 80,00, e determinado aumento do vale-refeição R$ 4,00 para R$ 6,00. A decisão do TRT sobre o reajuste salarial beneficia apenas os servidores contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Veja a relação dos locais em greve:
– Hospital Estadual de Presidente Prudente – 367 trabalhadores
– Conjunto Hospitalar de Sorocaba – 1629 trabalhadores
– Instituto Emílio Ribas – 1302 trabalhadores
– Hospital Vila Nova Cachoeirinha – 1.400 trabalhadores
– Hospital Regional de Assis – 850 funcionários
– Hospital Geral de Guaianazes – 1.191 trabalhadores
– Hospital Psiquiátrico da Água Funda – 324 trabalhadores
– Hospital Brigadeiro – 964 funcionários
– Hospital do Servidor Público Estadual -5 mil trabalhadores
– Hospital das Clínicas de R. Preto – 4 mil trabalhadores
– Hospital Geral de Ferraz de Vasconcelos – 1556 trabalhadores
– CRT/Aids – 574 trabalhadores
– Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros – 940 trabalhadores
– Hospital Ipiranga – 1196 trabalhadores
Além disso, 19 UBSs (Unidade Base de Saúde) estão em greve na capital, duas no interior, assim como cinco ambulatórios (um deles do Hospital Pérola Byington) e duas sucursais do Hospital do Servidor Público Estadual no interior (conhecidas por Ceamas).