Todos nós conhecemos alguém que possui diabetes. Entretanto, na maioria das vezes não sabemos como lidar com ela ou perceber sua gravidade, sendo difícil encará-la como uma enfermidade que, quando não controlada, pode levar à morte.

O diabetes é uma doença metabólica que atinge milhares de pessoas em todo o mundo. Segundo a SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes, 7,6% dos adultos entre 30 e 69 anos de idade são diabéticos, sendo que 46,5% desconhecem que são portadores da doença.

O consumo de bebidas alcoólicas para qualquer pessoa independente da doença, deve ser moderado e prazeroso. Nestas condições, todos podem fazer uso dela sem prejudicar a saúde. Porém, se não for respeitado o limite, trará sérias conseqüências tanto para pessoas normais como para portadores de diabetes em atividade ou em potencial.

Segundo o Dr. Antônio Franceschi, do Laboratório Franceschi, a relação do álcool com diabetes deve ser avaliada primeiro quanto ao tipo da doença e segundo quanto ao seu metabolismo pelo organismo.

“Existem dois tipos de diabetes relacionados à insulina: tipo I oriunda da destruição ou inativação das células beta no pâncreas, produtoras de insulina, e tipo II, que surge quando a insulina está alterada por condicionamento genético. No tipo I, uma das causas é a pancreatite, sendo o álcool responsável por 5% a 10% do seu aparecimento. Já no tipo II (disfunção insulínica), o álcool além de colaborar para o descontrole alimentar devido á sua ação tóxica, traz uma sobrecarga hepática comprometendo o metabolismo da glicose”, relata o médico.

As restrições quanto ao uso de bebidas alcoólicas para quem dirige já mostra uma redução no número de acidentes automobilísticos. É possível que a Lei seca traga benefícios também para o controle do diabetes.