Depois de 18 dias de atos demissionários por parte dos médicos, de medidas emergenciais por parte do governo e de intensas negociações entre ambas as partes, o atendimento emergencial em Pernambuco será normalizado.
Em assembléia realizada na noite de terça-feira, 7, os médicos resolveram aceitar a proposta de reajuste do governo estadual, que passou o piso salarial de R$ 1.400 para R$ 1.900 e a gratificação de R$ 600 para R$ 1 mil. “Ficamos satisfeitos com o resultado. Foi uma vitória não só dos médicos, mas de toda população pernambucana. Brigamos não só por salários mas também por melhores condições de atendimento nas unidades”, assinala Mario Fernando Lins, presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco.
A proposta inicial do governo foi de um reajuste de 7% na base salarial e de um aumento de R$ 100 na gratificação. O acordo final representou um aumento de 26% no piso salarial e de 66% na gratificação.
Com o acordo, os 111 médicos que pediram demissão devem voltar aos postos de trabalho a partir desta sexta-feira, 10. Além do reajuste salarial, a Secretaria de Administração também concordou em criar um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos para os médicos do Estado e assinou um termo de compromisso para realizar melhorias nas unidades de atendimento. “Não queremos mais atender os pacientes no chão. Queremos que o governo se comprometa a destinar os 12% de recursos adicionais ao setor e melhore as condições de trabalho com a compra medicamentos e insumos, humanizando, assim, o atendimento”, conclui Lins.