XV Congresso de Cardiologia de Brasília terá a Prevenção como tema. Especialista que integra Comitê Organizador destaca que as mulheres devem redobrar a atenção com a saúde

“Período de inúmeras e velozes transformações, o século XX será lembrado como um marco na mudança do papel das mulheres na sociedade”, afirma a antropóloga Ruth Cardoso. É fato: as mulheres conquistaram direitos sociais e políticos, chegaram ao topo das grandes empresas, aos postos de comando da administração pública e a importantes cadeiras nas universidades. Contudo, tiveram que mudar radicalmente o estilo de vida, comprometendo o bem-estar e a longevidade.

“Nunca as mulheres estiveram tão expostas ao infarto, doença tradicionalmente masculina”, destaca Dr. José Roberto Barreto, que integra a Comissão Organizadora do XV Congresso de Cardiologia de Brasília, que acontece em junho deste ano. De acordo com o especialista, antes da menopausa a incidência de doença coronariana ainda é inferior à observada no homem, mas após esse período torna-se igual e até maior.

Os vilões da história são os hábitos nada saudáveis que vieram no pacote da mudança de status. Entre eles, a Organização Mundial de Saúde destaca três: a má alimentação, o sedentarismo e o tabagismo. “A combinação do consumo de mais de 15 cigarros por dia aliado ao uso de anticoncepcional amplia em 20 vezes o risco de doença cardiovascular”, alerta Dr. Barreto.