Um novo método para o diagnóstico do câncer de próstata pode reduzir o número de biópsias desnecessárias em 24%, sem sacrificar a identificação da doença. A descoberta, de um grupo de pesquisadores da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, nos Estados Unidos, será publicada na edição de 1º de outubro da revista médica Cancer, da American Cancer Society, informa a Agência Fapesp. A nova metodologia consegue identificar a doença em indivíduos com PSA (antígeno prostático específico) menor ou igual a 10 ng/ml. ?Trata-se de um nível em que o teste de PSA não consegue dizer quem não tem câncer?, disse o líder da pesquisa, Mark Garzotto, em comunicado da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon.
O PSA se torna específico quando for maior do que 10 ng/ml. Quando se encontra na faixa entre 4 e 10 ng/ml, o que representa a maioria dos casos, é associado com câncer em aproximadamente 25% dos indivíduos que passam por biópsia.
?Embora os métodos atuais de triagem diagnóstica sejam úteis para dizer quem tem câncer de próstata, eles infelizmente também identificam quem não tem. De cada quatro homens que passam por biópsia de próstata, três não têm câncer?, disse Garzotto. O câncer de próstata é um dos mais comuns tipos da doença que aflige os homens. A biópsia de próstata, além de ser um motivo de grande desconforto, pode provocar sangramento ou infecção no paciente.
O método, chamado nomograma, é baseado em dados laboratoriais, clínicos e obtidos por ultra-som transretal. Trata-se, basicamente, de um gráfico formado por linhas que representam fatores de risco individuais. As linhas são dispostas de modo que uma representação numérica da probabilidade de câncer possa ser facilmente calculada. Por exemplo, um índice total de 6.8 corresponde a uma probabilidade de 10% de biópsia positiva.
?O nomograma não apenas pode reduzir as biópsias desnecessárias como pode ser extremamente útil para preparar os pacientes para prováveis diagnósticos antes da biópsia na próstata?, disse Garzotto.