Só a obesidade, por exemplo, está presente em cerca de ⅓ da população mundial e custa cerca de US$2 trilhões anualmente, ou seja, cerca de 2,8% de tudo o que a economia mundial produz. Até a última década, este era um problema mais focado nos países desenvolvidos, mas, recentemente, esta condição tem sido trazida para os países menos desenvolvidos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma epidemia de saúde populacional associada a outras doenças, como diabetes tipo 2, câncer e doenças cardíacas. Além disso, 2,8 milhões de mortes anuais são atribuídas ao peso excessivo do corpo.
Para melhorar os resultados obtidos para tratamentos de doenças crônicas, os provedores estão fazendo investimentos em acões que criem um guia de mudança de vida e não só que diagnostiquem e tratem.
“Ao ver pacientes obesos ou acima do peso, médicos de atenção primária não têm, necessariamente, tempo ou expertise para entregar a melhor intervenção para aquele paciente particular. Mas, com o acesso a um programa de perda de peso abrangente, o paciente poderá ir a um centro multidisciplinar com diferentes intervenções disponíveis – sejam elas médicas, farmacêuticas, de estilo de vida ou cirúrgicas – e, então, a melhor decisão de tratamento pode ser feita entre paciente e um time de especialistas”, disse Eric Jakel, diretor de Soluções da Covidien.
O Sentara Medical Group, uma divisão da Sentara Healthcare, por exemplo, fez parceria com a Covidien para transformar um programa cirúrgico bariátrico em um programa de perda de peso dentro da comunidade. Dentre os profissionais do time, temos um médico bariátrico, alguns especialistas em dieta um psicólogo e um fisiologista do exercício para proporcionar um atendimento global aos pacientes.
Segundo Dr. Stephen Wohlgemuth, Diretor Médico do Centro de Excelência Bariátrica no Sentara Norfolk General Hospital, apesar do mercado ser altamente competitivo, eles continuam sendo líderes por causa da combinação de expertise e acesso a diferentes opções de tratamento e intervenções em um mesmo local.
Dentre as intervenções remotas, temos exemplos como a Omada Health, uma startup que faz programas de mudança comportamental de pacientes com pré-diabetes de modo que eles percam peso e tenham uma rotina de vida mais saudável; aplicativos mobile como MyFitnessPal, com contagem de calorias e medição de consumo por meio de integração com wearable devices e os próprios wearable devices, focados na atividade física e no estilo de vida saudável.
Estes programas ou devices precisam ser trazidos para a conversa para que possamos agragar aqueles que tenham maior impacto a práticas de atendimento tradicional e criar uma atenção à saúde holística. Além de ser um problema para os pacientes, a obesidade é um problema para os cofres dos sistemas de saúde populacional e para o rendimento populacional em suas posições profissionais.
Os custos sociais da obesidade envolvem custos diretos, indiretos e externos. O custo direto é aquele que decorre dos cuidados de saúde ou do tratamento de doenças e podem ser arcados pelo paciente, pelo governo, plano privado ou por todas essas cadeias, segundo Iunes, em 2002. Alguns dos exemplos que podem ser dados são: serviços médicos, internação, exames, medicamentos, dentre outros.
Já os custos indiretos se referem ao paciente e a terceiros, mas não necessariamente estão associados ao tratamento da doença. No geral, são relacionados à diminuição de produtividade devido à condição do paciente, já que esta condição pode levar a perda de funções orgânicas e de trabalho.
Além desses dois, podemos citar ainda o custo externo, que é um prejuízo causado a terceiros sem que o ônus financeiro seja imposto a quem o causou, como o custo de cuidados domiciliares, perda de renda por morte, anos potenciais de vida perdidos, sendo tangíveis e, ainda, custos psicológicos e lutos, como custos intangíveis.