Não é de estranhar que metade das operadoras de planos de saúde, segundo avaliação da ANS, recebeu notas de ruim a péssimo e menos de 20% estejam entre as boas ou ótimas.
É comum que nos meus encontros com executivos de operadoras, algumas renomadas, vê-los querendo renegociar para baixo a tabela de preços dos serviços pagos aos prestadores, porque estão preocupadas com seu alto índice de sinistralidade e com as naturais dificuldades financeiras que advirão para a viabilidade de suas carteiras.
Raro é o caso em que encontro uma operadora interessada em se reaproximar dos prestadores, em criar um ambiente de confiança recíproca e até em melhorar a tabela de pagamentos – por que não? – em troca do esforço conjunto pela saúde do paciente e a natural redução dos seus custos que inevitavelmente se seguirá.
Por que essas operadoras não partem para o óbvio, visível por todos, em que o melhor é investir na saúde com formas adequadas de pagamento e um estreito relacionamento com a rede?
Vemos a toda hora casos como a suspensão do atendimento a beneficiários da CASSI, que teve de recorrer à Justiça (À Justiça? Entre parceiros?) ou dos pediatras que se recusam a receber preços baixos para o bom atendimento às nossas crianças.
É, sim, possível a união e a conciliação de interesses no trinômio Operadora / Prestador / Usuário. È só tentar.
Josué Fermon é Consultor em Saúde Suplementar e blogueiro
www.fermon.com.br