O tema inovação tem tido grande apelo nas organizações de saúde, principalmente pela necessidade de fazer mais com menos e pelo enorme desafio de transformar ciência em conhecimento e conhecimento em negócios viáveis.
A inovação tem o potencial de criar produtos de maior valor agregado, provocar profundas reflexões dentro das organizações sobre seus produtos e serviços e principalmente de atrair e reter talento, além de trazer novos recursos para as organizações. Contudo, a inovação no setor de saúde precisa de um trabalho extremamente colaborativo entre diferentes setores da organização e é necessário estabelecer um grupo de confianca ou melhor dito, um comitê de inovação, a fim de que se coloque a inovação como tema prioritário pelas organizações.
Muitos percalços podem fazer com que a inovação não se desenvolva dentro de uma organização de saúde, mas mesmo organizações com muitos recursos disponíveis tem que ter a disciplina e o compromisso com o desenvolvimento da área.
Neste sentido, o comitê de inovação pode ter um papel decisivo de apoio e aderência às práticas que tornam as organizações mais inovadoras, deve conter representantes de diferentes áreas da esfera administrativa da empresa, de preferência seu alto escalão, para que as demandas sejam agilizadas e que os problemas críticos possam ser tratados com maior celeridade.
O comitê de inovação deve buscar se reunir periodicamente, sendo a reunião trimestral, o mínimo efetivo para um comitê funcionar eficazmente. Devem-se buscar membros externos para fazer parte, devendo-se ter afinidade entre as instituições a serem convidadas e a instituição que está implementando o comitê.
Sabemos que os hospitais já possuem um grande número de comitês para as mais variadas funções, mas o Comitê de Inovação tem por obrigação colocar o assunto em pauta no coração da organização e trazer mais apoiadores e maior suporte de toda a organização para esta iniciativa, o que fortalece e aumenta seu valor.
Os riscos do comitê de inovação são o de serem apenas um espaço burocrático e apenas servir de marketing para a instituição, tendo reuniões vazias e membros que não estão comprometidos com a mudança, apenas com a auto-promoção social.
Não é isso que queremos, nem é isso que visualizamos como o destino deste tipo de comitê, que tende a ganhar espaço e importância dentro das organizações de saúde.
O comitê de Inovação deve ser capaz de unir a gestão clínica da equipe de advogadores, da equipe gestora, da equipe multidisciplinar, para que os projetos de inovação possam ser discutidas e que a transversalidade dos projetos possam ser utilizada com grande celeridade . A união destas diferentes áreas com um projeto comum é o que justifica a criação do Comitê de Inovação e confiança é a chave que deve nortear todos estes projetos.
Sem sombra de dúvida, há mais do que um interesse passageiro, quando se fala de inovação, mas esta exige mudanças efetivas, para que passem a aparecer em empresas com nenhum ou muito pouco grau de inovação. Neste sentido, é necessário fortalecer a cultura da inovação dentro das empresas e o comitê de inovação se faz necessário para atingir este objetivo.