Trabalho realizado com 40 doentes com método consagrado internacionalmente mostrou mesmos resultados com menor número de sessões

Embora os distúrbios do movimento sejam os mais associados ao mal de Parkinson, não são apenas estas as consequências. No decorrer dos anos, os portadores da doença passam a perder, gradativamente, a capacidade da fala e da deglutição, prejudicando a comunicação e a alimentação. Para tratar destes problemas, o método mais eficaz e conhecido mundialmente é o Lee Silverman, desenvolvido em 1987, por Lorraine O. Ramig e colaboradores. O tratamento, porém, que prevê quatro sessões de uma hora por semana, durante quatro semanas, nem sempre é acessível aos pacientes, seja por custo ou dificuldade de locomoção – própria da patologia.

Um estudo realizado pela fonoaudióloga do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Centro de Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, dra. Alice Dias, com a reprogramação das sessões propostas pelo método mostrou equivalência de resultados.

Realizado com 40 doentes, todos homens com idades entre 54 e 72 anos, o trabalho distribuiu os participantes em dois grupos de 20 pessoas. Um grupo foi tratado de forma padrão – com quatro sessões por semana, durante quatro semanas –, e o outro com uma adaptação – que previu uma sessão por semana, durante 16 semanas. Ao final dos tratamentos foi constatado, através de aparelho digital que mensura níveis de voz, que a intensidade e inteligibilidade foram iguais nos grupos.